A velha mídia quer transformar Lula numa espécie de “Rei da Inglaterra”, que não manda nada

A velha mídia corporativa luta para tranformar o presidente Lula numa espécie de “Rei da Inglaterra”, decorativo, que não manda nada no país. A ideia dos jornalões é que o petista assuma as pautas identitaristas, que consomem menos de 0,1% do orçamento, viaje o mundo, e deixe a economia para o sistema financeiro por meio do Banco Central – que é uma longa manus de especuladores, banqueiros e barões da imprensa. Eles têm interesses e propriedades cruzados.

O identitarismo é movimento de defesa que tem como base de sua atuação as questões de raça, etnia, gênero, orientação sexual ou religião. São principalmente discussões relativas à moral e os bons costumes, ideologias, que surgiram nos Estados Unidos e inundaram o mundo. Foi em cima desse debate identitário, como politicamente incorreto, que o antigo presidente Jair Bolsonaro (PL) se apoiou enquanto orgulhava-se de não entender economia e delegar a área para o banqueiro Paulo Guedes.

Grosso modo, poder-se-ia dizer que a polêmica sobre o suposto plano para assassinar o senador Sergio Moro também integra esse pacote identitarismo porque envolve populismo penal, fetiche, punitivismo, mundo cão, etc. e tal. Além do espetáculo midiático, fofocas, fruticas. Por isso a carraspana entre Lula e Moro deve continuar na perpectiva da Globo, por exemplo.

A velha mídia agora quer um Lula politicamente correto, sintonizado com a luta de minorias, no entanto, esses jornalões e os bancos não abrem mão do controle da economia. Os mesmos de sempre querem continuar com a chave do cofre, pois, a rigor, eles abocanham e dominam metade do Orçamento da União a título de pagamento de juros e amortizações da dívida interna pública.

Portanto, Lula precisa reagir a essa tentativa de fazê-lo monarca de um regime parlamentarista inexistente.

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