O ministro da Justiça, Sérgio Moro, personagem central da #VazaJato, diminuiu o número de operações da Polícia Federal –órgão que está sob seu comando.
De acordo com levantamento da Folha, foram 204 ações de janeiro a junho, número mais baixo desde 2014, portanto há cinco anos não se viam tão poucas ações da PF.
Embora a PF na gestão de Moro tenha havido menos operações, as que foram realizadas não deixaram dúvidas de seu caráter político da polícia.
A invasão do gabinete do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), por exemplo, cristaliza a imagem de polícia política da Lava Jato.
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O aumento ou diminuição do número de operações da PF, nesses tempos de relativização da Constituição, não tem a ver com o cumprimento ou descumprimento de direitos e garantias fundamentais.
O número, o tamanho, a quantidade de operações da PF é apenas um “fetiche” alimentado pela velha mídia e por alguns setores punitivistas.
Sob Moro ainda há presos políticos na Lava Jato, debaixo dos narizes do Ministério Público Federal e do Supremo Tribunal Federal. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o mais ilustre de todos eles, inconstitucionalmente encarcerado há 541 dias.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.