TSE vai investigar internacionalização de crimes eleitorais de Jair Bolsonaro; agora cassa?

Fazendo um infame trocadilho com o célebre ditado espanhol “yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay”, não creio nas fakes news [notícias falsas], mas elas existem, existem sim. É com essa certeza que o PT que o pediu investigação da disseminação de notícias inverídicas no TSE. Segundo os autores, o presidente Jair Bolsonaro internacionalizou o disparo de mensagens pelo gabinete do ódio.

O deputado Rui Falcão (PT-SP) e o advogado Marco Aurélio de Carvalho fizeram representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra os filhos do presidente da República, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), por internacionalizar disparos nas redes sociais visando interferir no resultado das eleições presidenciais e estaduais de 2022.

Segundo os autores da denúncia ao TSE, os filhos “Zero Dois (Carlos) e “Zero Três” (Eduardo) estariam tentando montar uma estrutura no exterior para fazer disparos em massa de notícias falsas por meio de redes sociais e, assim, driblar os controles dos órgãos de fiscalização no Brasil. A ilicitude teria como objetivo fazer campanha para Bolsonaro e os candidatos alinhados com o pensamento da direita. Eles se basearam numa reportagem do portal UOL/Folha.

Os petistas denunciaram ao TSE que a conexão fora do país estaria sendo feita por Eduardo Bolsonaro que, como presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, teria estreitado relação com Steve Bannon, ex-assessor de Donald Trump –o ex-presidente dos Estados Unidos. O aplicativo russo Telegram seria a plataforma escolhida para fraudar as eleições de 2022.

Falcão e Marco Aurélio, autores da ações, pedem que o TSE contate o Telegram e realize uma audiência pública com empresas e especialistas sobre a fake news nas eleições de 2022.

Os petistas ainda pediram que as autoridades gestoras da internet no Brasil impeçam que Bolsonaro espalhe notícias falsas sobre a disputa eleitoral no ano que vem.

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