Sem voto e sem partido, Bolsonaro culpa ‘urnas eletrônicas’ por virtual derrota em 2022

O presidente Jair Bolsonaro, desmoralizado, continua derretendo nas pesquisas de intenção de voto. Ele não tem a vontade do eleitor nem partido para disputar as eleições de 2022. O mandatário culpa as “urnas eletrônicas” pela sua virtual derrota no ano que vem.

Segundo os institutos de pesquisa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vence a corrida pelo Palácio do Planalto no primeiro turno. Não há espaço para uma terceira via, como torce a velha mídia corporativa.

Bolsonaro prometera na sua live de quinta-feira (29/7) provar a existência de fraude nas urnas eletrônicas, porém, ele não conseguiu entregar o que anunciara com antecedência. “Não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas. São indícios. Crime se desvenda com vários indícios”, justificou.

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Como sua denúncia de “bomba” se revelou um verdadeiro “peido de véia”, o presidente foi questionado por jornalistas se havia mostrado suspeitas ou provas. Respondeu: “Suspeitas, fortíssimas. As provas você consegue com a somatória de indícios. Apresentamos um montão de indícios aqui”. Só que não.

Bolsonaro ‘afrouxou a tanga’ ao não apresentar provas das supostas fraudes nas urnas eletrônicas.

“Não quero mais PIX, TED e cartão de crédito virtual, quero de volta o talão de cheques auditável. Arre cáspita!”, ironizou o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSB-PR), Primeiro Secretário da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP).

Economia

A tiracolo, na live, Bolsonaro mostrou a participação do ministro da Justiça, Anderson Torres. Ele é quem controla a Polícia Federal e responde perante o presidente da República pela formulação da política do Governo Federal, manutenção da ordem jurídica e da segurança interna do País.

Pelo acelerado estado de derretimento e decomposição, Jair Bolsonaro sequer conseguirá disputar a reeleição em 2022. A luta dele pode ser reduzida a terminar o mandato. Se viabilizar seu registro no pleito, perde no primeiro turno [segundo todos os institutos de pesquisa]. Se avançar para a segunda etapa eleitoral, perde de todos os demais candidatos.

Bolsonaro é um pesadelo, que está prestes a terminar –ou não.