Governo com popularidade em queda e terceira via sem voto, por Arilson Chiorato

Arilson Chiorato*

Ainda estamos há mais de um ano das eleições de 2022, porém, com o clima já acentuado, as pesquisas demonstram algumas tendências. Para nós, que defendemos a candidatura de Lula para tirar o Brasil da situação caótica em que está, e devolver aos brasileiros, qualidade de vida, orgulho nacional e crescimento econômico –, os dados das pesquisas têm grande relevância. Isto porque não apenas percebemos a relativa facilidade com que Lula chegará ao 2º turno em 2022, mas porque percebemos as dificuldades cada vez mais aparentes para os possíveis adversários presidenciáveis.

Por um lado, temos o próprio presidente da República que, apesar de todos os problemas enfrentados, como má gestão da pandemia, negligencia que resultou em milhares de mortes, ausência de políticas públicas, desmonte do Estado, envolvimento em escândalos e falta de postura a frente do maior cargo do país – ainda mantém um eleitorado fixo, porém, sua popularidade vem reduzindo consideravelmente e está em queda. É fato que o Governo Bolsonaro tem uma base eleitoral fiel e na mesma proporção, é fato também que as pesquisas mostram o quanto tem aumentado o número de pessoas que desaprovam o Governo.

Do outro lado, temos uma tentativa em fomentar e fortalecer uma terceira via, que diz respeito especialmente ao campo da direita que, apesar de ter sido conivente do Golpe contra a ex-presidenta Dilma, hoje chamamos amistosamente de democrática. Acontece que ocupar este espaço não é uma tarefa fácil e, as pesquisas mostram que dificilmente essa possibilidade se tornaria concreta.

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Deste modo, independente do nome colocado, é difícil a concretização da tentativa de postular uma vaga no 2º turno através de uma terceira via. Isto porque a polarização entre o Presidente, que é quem comanda a máquina pública atualmente e faz com que tenha um grande peso nas eleições, e também possui uma parcela fiel do eleitorado – de acordo com as pesquisas, polariza diretamente com Lula, o presidente mais bem avaliado da história do Brasil.

Mesmo com tudo o que enfrentamos enquanto partido político e campo de esquerda nos últimos anos, a liderança de Lula representa uma importante parte do eleitorado. A realidade é que a perseguição sofrida resultou no fortalecimento da personalidade pública que é Lula, tanto nacional quanto internacionalmente. Para o campo da direita, resta a barbárie representada pelo atual presidente, e a terceira via que a direita democrática tenta encampar.

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Para nós, do campo da esquerda, centro-esquerda e alguns setores de centro que defendemos a candidatura de Lula, é hora de fortalecermos os movimentos nas ruas e nas redes, para apresentarmos nossa indignação diante do cenário atual e caminhar rumo ao Palácio do Planalto, devolvendo dignidade para o povo brasileiro. Portanto, devemos focar em denunciar estes Governos que não tem compromisso com a vida e construir nosso projeto de nação.

Nos últimos dias temos visto notícias de que pessoas buscam ossos em açougues para poderem se alimentar. Um país que havia sido retirado do Mapa Mundial da Fome voltar a essa situação é inaceitável, estão destruindo o Brasil. Por isso, devemos retomar as rédeas e redirecionar a rota para que o povo brasileiro volte a ser feliz de novo, que viva com dignidade e que nossa nação volte a ser respeitada.

*Arilson Chiorato, Deputado Estadual, Presidente do PT – Paraná e Mestre em Gestão Urbana pela PUC-PR.