Bastou a CPI da Covid dizer que colocaria a Interpol atrás do empresário bolsonarista Carlos Wizard que ele, por meio de seus advogados, remarcou para o próximo dia 30 de junho seu depoimento na comissão de investigação no Senado.
Wizard foi ao Supremo Tribunal Federal, semana passada, pelo direito de ficar calado na CPI, no entanto o tribunal determinou que sua presença seria obrigatória na comissão processante. O empresário bolsonarista não compareceu. Torceu o nariz para o STF e os senadores.
O depoimento de Carlos Wizard estava marcado para a última quinta (17/6), mas ele não compareceu e informou estar nos Estados Unidos. Por causa desse desprezo com as instituições –Supremo e Congresso–, o ministro do STF Luís Roberto Barroso havia autorizado a condução coercitiva de Wizard à comissão.
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Além da condução sob vara à CPI, a Justiça Federal determinou a apreensão do passaporte do empresário bolsonarista, apontado como um dos líderes do “gabinete paralelo” do Ministério da Saúde, que aconselha o presidente Jair Bolsonaro na pandemia.
Com a remarcação do depoimento para a semana que vem, o “Caso Carlos Wizard” prova que ‘com fogo no rabo’ até bicho preguiça corre.
A CPI da Covid marcou um ponto aí.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.