Generais recusam ordens de Trump para reprimir nos EUA

O presidente americano Donald Trump sofreu uma dura derrota, nesta quinta-feira (4), com a recusa dos generais de utilizarem as forças armadas na repressão aos protestos em várias partes dos Estados Unidos.

Trump está enfrentando reação por sua decisão de usar aos militares como apoio contra manifestantes após a morte de George Floyd, um homem negro sufocado por policial branco.

O presidente do Estado-Maior Conjunto, Mark Milley, colocou-se em desacordo com o presidente em um memorando de quinta-feira em que disse às tropas para “defender a Constituição”.

Além de Milley, o ex-general do Exército John Allen e o ex-secretário de Defesa James Mattis, todos recuaram contra as ordens de Trump.

Com a recusa, os soldados do serviço militar voltarão à base em Fort Bragg, Carolina do Norte, disse um alto funcionário da Defesa à NBC News, depois que o General do Exército e o Presidente do Estado Maior Conjunto, Mark Milley, disseram publicamente às tropas do país para ‘defender a Constituição’ e disseram que a Guarda Nacional estava sob controle dos governadores – claramente não do presidente.

As tropas passaram uma semana em bases próximas à cidade em estado de espera, enquanto protestos pacíficos se tornavam violentos na capital do país, com casos de pilhagem, incêndio criminoso e destruição – mas nunca foram chamados ao DC para responder à agitação civil.

Economia

Enquanto a capital está sob controle federal, a remoção de centenas de tropas de combate foi um sinal altamente visível de que Trump havia sido forçado a recuar diante de sua ameaça de enviar soldados sob seu controle em cidades atingidas por protestos.

Os cerca de 200 membros da 82ª divisão aerotransportada do Exército que foram enviados para a capital deveriam deixar a região na quarta-feira à noite.

As informações são do Daily Mail.

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Marginais irão às ruas domingo, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro chamou de “marginais” os movimentos “antifas” que irão às ruas neste domingo (7) em várias partes do País.
O presidente utilizou o Assessor Especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Felipe G. Martins, como biombo para ideologizar a transmissão.

“Domingo agora, não participe do movimento, fique em casa”, recomendou Bolsonaro. “Deixem eles sozinhos”, disse.

O presidente chamou várias vezes os manifestantes de domingo de “marginais”.

“Esses marginais de preto –de coquetel molotov, soco inglês, etc. – quebram coisas”, criminalizou Bolsonaro.

O assessor Felipe Martins, demonstrando total desconhecimento da história, tentou ensinar ao cheque o que era “fascismo”.

“O senhor faz um governo antifascismo”, puxou o saco. “Fascismo quer estado grande, diferente do senhor”, afirmou. Na visão do assessor presidencial, os “Antifas” são terroristas.

“Não compareça nesse movimento, bando de marginais, não tem nada a oferecer. Querem o confronto. Em Curitiba teve quebra-quebra, na verdade black blocs, queimaram a bandeira”, disse Jair Bolsonaro, citando o lutador Wanderlei Silva que liderou uma manifestação contra a esquerda na capital paranaense.

No final da transmissão, mais uma vez, Bolsonaro implorou para que os brasileiros não saiam às ruas no domingo.

“Mais uma vez, não compareça domingo [na manifestação]. Esse pessoal, Antifas, novo nome dos black blocs querem roubar a sua liberdade”, insistiu.

O que é antifa

O movimento Antifa é uma conglomeração de grupos de esquerda. A principal característica dos grupos antifa é a sua oposição ao fascismo por quaisquer meios necessários. Eles atuam com táticas de militância em protestos expondo identidades de nazistas e fascistas e realizam manifestações contra a extrema-direita.

Assista ao vídeo da live de Bolsonaro: