‘Bolsonaro’ já é a palavra mais chata do ano de 2020

2020 não chegou nem à metade, mas já tem a palavra ‘Bolsonaro’ como a mais chata do ano.

Em 2019, as palavras ‘tope’ e ‘coach’ se mantiveram na lista de palavras mais chatas do ano.

Basicamente, ‘tope’ quer dizer “topo” e ‘coach’ nada mais é do que ‘treinador’. Porém, essas duas palavras encheram o saco dos brasileiros no ano passado.

Agora, neste ano, ‘Bolsonaro’ é a palavra –um nome próprio—candidatíssima à mais chata de 2020. É a que mais incomoda os ouvidos a bombordo e a estibordo.

A palavra tem origem no sobrenome Bolsonaro, que remonta a Vêneto, Itália, porém, no país da bota, se grafa com “Z” os Bolzonaro.

A tentativa de o presidente Jair Bolsonaro minimizar a letalidade do coronavírus é um dos motivos que elevaram a palavra ‘Bolsonaro’ ao topo das mais odiadas do ano. Mesmo que ainda falte dois terços do tempo para 2020 terminar.

Economia

Bolsonaro participa de manifestação em frente ao Quartel Geral de Brasília
O presidente Bolsonaro está participando de manifestação em Brasília neste domingo (19).

No dia 19 de abril comemora-se o dia do exército brasileiro. A data é marcada pela primeira luta dos povos do Brasil contra a dominação holandesa, em 1648.

Por isso, a concentração de bolsonaristas foi para a frente do Quartel Geral do Exército.

Bolsonaro subiu na caçamba de uma caminhonete do Exército e falou aos presentes. O discurso de improviso e sem microfone foi curto e ufanista. O presidente começou a tossir algumas vezes, disse algumas frases de efeito, mas não fez nenhum ataque aos adversários políticos. Foi somente uma exaltação ao patriotismo.

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Randolfe Rodrigues quer punição para quem pede intervenção militar
O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) criticou os atos e manifestações contra a democracia que ocorrem em diversas cidades.

Segundo Randonfe, “as pessoas que estão em atos pelo país pedindo intervenção militar, devem ser punidas pela justiça, no rigor da lei! Assim como Bolsonaro, que não preside, está à serviço da divisão do país, do caos e da MORTE!”

“Enquanto enfrentamos a pior crise da nossa geração, com a capacidade do nosso sistema de Saúde comprometida, c/ pessoas morrendo e os casos aumentando, Bolsonaro vai às ruas, além de aglomerar pessoas, atacar as instituições democráticas. É patético!”

Ele se referiu à participação do presidente Bolsonaro na carreata e na manifestação ocorrida em Brasília neste domingo. A mobilização que pede intervenção militar e o fim do isolamento na pandemia virou um comício em frente ao Quartel Geral do Exército.

Bolsonaro falou de improviso incendiando seu apoiadores, incentivando a lutarem “por liberdade”, como se o isolamento social fosse um ato cerceamento de direitos, e não uma medida de saúde pública.

O apelo antidemocrático também atingiu os governadores, o Congresso e o STF, isso porque esse entes tem posicionamento diferentes do presidente. Não há diálogo, só ameaças.

Médico bolsonarista contrário ao isolamento morreu de Covid-19
O médico cirurgião plástico Élio César Marson, de 52 anos, foi a a 21ª vítima do Coronavírus no Estado do Rio Grande do Norte.

Segundo a Revista Fórum, Marson fez o teste do coronavírus em 29 de março e o resultado saiu em 3 de abril. Ele estava internado em um hospital particular de Mossoró desde o dia 1º.

Antes de saber da doença, o médico pregava o fim do isolamento social nas redes sociais; além postar ataques ao ex-presidente Lula, ao PT e de apoiar Bolsonaro.

Em postagem no dia 25 de março, quatro dias antes de saber que estava com coronavírus, ele compartilhou uma publicação apontando que somente idosos deveriam ficar em casa, e que adultos deveriam voltar ao trabalho. A postagem ainda continha a hashtag #BolsonaroTáCerto.