Globo agora defende o Estado ajudando trabalhadores e empresas durante crise do coronavírus

Os jornalistas Renata Lo Prete e Carlos Alberto Sardenberg, no Jornal da Globo, defenderam o Estado distribuindo dinheiro no isolamento. Esses comunistas…

A Rede Globo surpreendeu o Brasil ao dedicar 10 minutos do “Jornal da Globo”, na madrugada desta sexta-feira (27), em defesa da intervenção do Estado a favor de empresas e trabalhadores durante a crise do coronavírus. Nem o mais comunista dos comunistas teria sido tão audaz nesses tempos de imbecilidades e de bolsominions.

A atração comandada pela jornalista Renata Lo Prete levou ao ar economistas criticando os insuficientes estímulos econômicos anunciados pelo governo Jair Bolsonaro (sem partido) e seu ministro da Economia, Paulo Guedes.

O economista Raul Velloso afirmou que ajuda aos trabalhadores deveria durar 1 ano, equivale R$ 500 bilhões.

Na opinião dele, tal ajuda deveria atingir 77 milhões de pessoas, equivalente a 7% do PIB, a metade que os demais países estão gastando na crise do COVID-19.

“A economia está diante de uma depressão, um buraco sem fundo, mas deve-se gastar o que precisa gastar”, disse Velloso.

José Lima Gonçalves, do Banco Fator, disse que os programas de transferência de renda são muito acanhados.

Economia

“O programa do Bolsonaro é uma antecipação de uma renda, não uma transferência de renda. Do ponto de vista econômico não foi feito nada”, pontuou, referindo-se ao adiantamento do 13º salário de aposentadorias e pensões do INSS. “Lá na frente o beneficiário não terá seu salário”, esclareceu.

A apresentadora do Jornal da Globo, Renata Lo Prete, também arriscou dizendo que a preocupação fiscal vai na contramão do resto do mundo, ou seja, governo vai precisar se endividar, gastar mais, se quiser sair da crise econômica.

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O comentarista da Globo, Carlos Alberto Sardenberg, disse o endividamento e a flexibilização da meta fiscal fazem parte da tecnologia de combate à depressão e à recessão hoje.

“Só os governos federais têm capacidade de imprimir dinheiro e fazer dívida para atender todas as necessidades. Os programas se parecem muito: a ideia é fazer uma renda mídia e proteger pessoas que podem perder o emprego”, discursou.

Segundo Sardenberg, o governo federal precisa colocar o dinheiro do tesouro para financiar empresas, sem o atravessamento de bancos privados, porque a burocracia pode emperrar esses empréstimos.

“O governo precisa pagar as empresas para que elas não despeçam, a exemplo de países na Europa e nos EUA. O governo brasileiro tem que gastar muito e já”, disse.

Carlos Alberto Sardenberg, despido do fetiche neoliberal, pela primeira vez na Globo, defendeu políticas econômicas anticíclicas keynesianas para conter a crise agravada pelo coronavírus.

“Com o isolamento a pessoa perde renda. Então, o governo tem que dar dinheiro vivo às pessoas. ‘Eu estou pagando para você ficar em casa.’ É dinheiro para que a pessoa fica em casa”, sustentou na tela da TV Globo.

Esses comunistas…