Há uma bolha na recessão econômica promovida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o “parasita” Paulo Guedes, ora chamado de ministro da Economia.
A bolha estaria localizada no setor da construção civil, o mais aquecido com a redução da taxa Selic para 4,25% ao ano –o menor patamar histórico.
Os mais ricos estão apostando na construção de imóveis para assegurar rentabilidade em seu dinheiro, mas, nesse quadro recessivo, quem terá dinheiro para comprá-los?
O problema é que a redução da taxa Selic não estimulou o aumento da produção industrial, pelo contrário, a manufatura encolheu 1,1% no ano de 2019.
A retração na indústria da transformação significa mais empresas “boas” fechadas e milhares de desempregados jogados no mercado da pejotização (empresas “fakes” de Bolsonaro e Guedes).
A economia real requer produção, emprego e renda em alta. Não é o que se verifica nesses tempos obscuros.
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Bolsonaro e Guedes quebraram a economia do Brasil e agora ensaiam colocar a culpa no coronavírus. Vigarice pura deles e da Globo. (Até o agente transmissor ‘nCoV-2019’ sabe que as recorrentes enchentes do mês de janeiro, Brumadinho, etc., matam mais que o novo vírus descoberto na China).
A bolha está prestes a explodir e, como sempre, o pequeno “investidor” é quem pagará o pato. O grande especulador, nessas alturas, já busca saídas para proteger seu capital. E isso é um dos motivos para o dólar disparar e chegar a R$ 4,32. O céu é o limite para a moeda norte-americana, nesse contexto.
Em março de 2019, há onze meses, o jornal Valor Econômico (Globo/Folha) cravava na manchete: “XP: dólar pode chegar a R$ 4,20 se a reforma da Previdência não passar”. O fim da aposentadoria foi aprovado no Congresso, no entanto, a moeda americana fechou a semana a R$ 4,32.
Esse mesmo discurso do medo do desemprego foi usado na reforma trabalhista. A conversa era que novos 4,5 milhões de empregos seriam criados com o fim de direitos trabalhistas, porém, o que se viu foi o aumento de desocupados, de trabalhadores informais, e redução drástica dos salários.
Em síntese: a bolha irá explodir em breve por falta de confiança no governo Bolsonaro/Guedes e pela recessão econômica, que é uma concreta.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.