New York Times publica artigo afirmando que Lula é preso político e pede sua libertação

O New York Times, maior jornal do mundo, publicou artigo advogando a tese de que o ex-presidente Lula é preso político e deve ser libertado imediatamente.

Assinado por Bruno Bimbi, jornalista argentino que é correspondente no Rio, o texto afirma que os diálogos entre o ex-juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato, revelaram “algo muito mais sério” que comprometem ‘não apenas a legitimidade do julgamento contra o ex-presidente, mas também a credibilidade da força-tarefa e, a propósito, da democracia brasileira.’

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Bimbi se refere aos vazamentos de mensagens trocadas entre julgador [Moro] e acusadores [membros do Ministério Público Federal do Paraná] cujos conteúdos foram publicados pelo site The Intercept Brasil, revista eletrônica fundada pelo jornalista Glenn Greenwald.

Para o jornalista portenho, as conversas de Moro parecem confirmar que a investigação está contaminada pelas ambições messiânicas do ex-juiz e por um zelo político.

Desde Barcelona, na Espanha, o correspondente do NYT analisa que “as decisões nos últimos cinco anos de Sérgio Moro conduziram um processo político que tem sido profundamente tóxico para a democracia brasileira, enfraqueceu os partidos políticos e acabou pavimentando a vitória de Bolsonaro, um líder autoritário que fez de discurso de ódio contra as minorias sua principal bandeira política.”

Economia

Bruno Bambi escreve no maior jornal do mundo que “Lula da Silva é um prisioneiro político” e sugere que se abra [no Congresso Nacional] “uma investigação sobre os atos de legalidade duvidosa de Moro e Dallagnol e transferir a operação Lava Jato para um juiz imparcial seria os primeiros passos em um longo caminho para recuperar a normalidade democrática brasileira.”