Uma fala do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidenciável Flávio Bolsonaro, deu paúra nos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
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“Se quiser fechar o STF você não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo, sem querer desmerecer o soldado e o cabo”, ameaçou o rebento durante palestra em um cursinho de Cascavel (PR).
O filho de Bolsonaro ainda questionou: “O STF vai ter que pagar pra ver. E se pagar para ver, vai ser ele contra nós […] Será que eles vão ter essa força mesmo?”
Na palestra realizada em 9 de julho, o deputado eleito ironizou o ministro Gilmar Mendes. “Se você prender um ministro do STF, você acha que vai ter uma manifestação popular a favor dos ministros do STF?”, perguntou à plateia. “Milhões na rua, solta o Gilmar! Solta o Gilmar!”, ironizou.
A clara ameaça do filho de Bolsonaro gerou protestos na frente política. Entretanto, os ministros, ameaçados de prisão, ficaram na muda.
Para o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, o discurso do deputado do PSL foi uma ameaça ao STF.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o FHC, disse que a fala do filho de Bolsonaro cheira a fascismo.
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“As declarações do dep. E Bolsonaro merecem repudio dos democratas. Prega a ação direta, ameaça o STF. Não apoio chicanas contra os vencedores, mas estas cruzaram a linha, cheiram a fascismo. Têm meu repúdio, como quaisquer outras, de qualquer partido, contra leis, a Constituição”, afirmou FHC.
Depois da repercussão negativa, Eduardo Bolsonaro se desculpou pelas redes sociais: “Se fui infeliz e atingi alguém tranquilamente peço desculpas e digo que não era a minha intenção.”
As manifestações contrárias à ditadura militar e em defesa da democracia vieram também de juristas, do PSOL, de parlamentares de vários partidos políticos.
Assista ao vídeo:
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.