A tese acima, antiga, é do senador Roberto Requião (PMDB-PR).
O assunto voltou à baila após a delação do doleiro Lúcio Funaro segundo qual o modus operandi de Michel Temer (PMDB) para esquentar propinas seria comprando imóveis.
No Paraná, de acordo o Ministério Público, propinas abasteceram campanhas eleitorais do governador Beto Richa (PSDB) e de deputados aliados.
Entretanto, pelo montante envolvido, Requião sempre suspeitou que o dinheiro “viajava” e “retornava” em forma de imóveis de alto padrão.
Conforme as investigações na Operação Quadro Negro, somente no que diz respeito à atuação da construtora Valor, foram desviados mais de R$ 20 milhões. Há ainda outras cinco empreiteiras que também teriam simulado construção de escolas para passar a mão no dinheiro da educação. Estipula-se um desfalque acima de R$ 100 milhões.
Outra bronca é a da Receita Estadual cuja investigação se dá no âmbito da Operação Publicano. Recentemente, como registrou o Blog do Esmael, o STJ negou por unanimidade a nulidade das delações que apontam Beto Richa como beneficiário de propinas no órgão fazendário. O prejuízo ao erário, ainda de acordo com o MP, pode ser superior a R$ 2 bilhões.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.