Beto Richa recebido com protesto no Porto de Paranaguá

Trabalhadores dos portos de Paranaguá e Antonina aguardam chegada do governador Beto Richa ao auditório Emir Roth, na APPA, às 10h30, onde prometem protestar contra a Nova Poligonal; segundo manifestantes, que já ocupam local, mudança acarretará desemprego e miséria na região do Litoral.
Trabalhadores dos portos de Paranaguá e Antonina aguardam chegada do governador Beto Richa ao auditório Emir Roth, na APPA, às 10h30, onde prometem protestar contra a Nova Poligonal; segundo manifestantes, que já ocupam local, mudança acarretará desemprego e miséria na região do Litoral.

O governador Beto Richa (PSDB) será alvo de protesto de trabalhadores, daqui a pouco, às 10h30, durante assinatura de contrato para dragagem dos portos de Antonio e Paranaguá  (APPA).

O ministro da Secretaria de Portos da Presidência da República, Helder Barbalho, também estará presente ao evento que será realizado no Auditório Emir Roth, Palácio Taguaré, na sede da APPA.

Os manifestantes já estão a postos no local aguardando a chegada do governador tucano.

Trabalhadores e comerciantes acreditam que o novo desenho da poligonal vai representar desemprego, subemprego, queda no comércio local e  um futuro incerto para a região.

Poligonais são áreas dos portos que definem as instalações portuárias e a infraestrutura de proteção e acesso ao porto. Os limites devem considerar os acessos marítimos e terrestres.

A poligonal e seus prejuízos

Economia

A população parnanguara, principalmente os trabalhadores portuários avulsos (tpas), que serão os primeiros e os maiores prejudicados, não sabem o que é a poligonal e os reflexos negativos que o novo traçado trará para cidade.

A poligonal define a área do porto organizado, onde o mercado de trabalho é exercido somente pelo tpa, ou seja, estivadores, arrumadores, vigias portuários, consertadores conferentes e trabalhadores de bloco com registro no Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo/PR). Dentro do atual desenho da poligonal existente estão os portos de Paranaguá e Antonina e dos futuros portos de Pontal do Paraná e Embocui.

Com isso, o mercado de trabalho dos avulsos deve ser prioritário em todos esses terminais. Porém, a nova poligonal elaborada pela Appa e o grupo de trabalho, manteve na área de porto organizado, apenas o porto de Paranaguá, retirando o porto público de Antonina, Barão de Teffé, que não possui nenhuma movimentação de mercadorias e o Terminal Privativo da Ponta do Félix (TPPF) com intensa movimentação de fertilizantes e os futuros portos do Embocui e Pontal do Paraná. Com isso, esses terminais terão liberdade de contratar trabalhadores próprios para sua movimentação portuária, criando uma concorrência desleal com o único porto público, localizado dentro da área de porto organizado, o de Paranaguá.

Vale ressaltar que a diferença de custo na movimentação portuária entre um porto privado e de um público, segundo alguns economistas, varia de 40% a 70% de diferença e, considerando que a atividade portuária é feita com base no dólar, a tendência é a transferência total de cargas do porto público para o privado, gerando desemprego entre os tpas e a consequente redução de gasto no comércio e com prestadores de serviços. O que prejudicará toda cidade.

Com informações da Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Cargas (FENCCOVIB).

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