Coluna do Requião Filho: No dia dos Professores, #AoMestreComCarinho

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No dia dos professores, o deputado estadual Requião FIlho (PMDB) presta uma justa homenagem em sua coluna a esses profissionais que, contra todas as dificuldades, continuam lutando por um mundo melhor, dentro e fora das salas de aula. Leia, ouça, comente e compartilhe.

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Requião Filho*

Dia do professor! Cai bem no dia da minha coluna o dia do professor.

Imagino como escrever esta coluna… Devo escrever sobre o massacre? Devo falar do abandono que acomete o ensino no estado do Paraná? Devo mencionar a pátria educadora e os cortes na educação?

Água mole em pedra dura tanto bate até que fura…. insistir nas desgraças que mancham a história do Paraná e insistir que gastar com educação é investimento? Esta não seria uma homenagem justa aos professores.

Todo o embate do início deste ano, passando pela invasão e ocupação da Assembleia e a greve até o dia 29, dia do massacre, imagens que jamais esquecerei, uma barbárie que até hoje não se explica, são memórias indeléveis. Mas, sem esquecer dessas, prefiro lembrar do orgulho que senti dos nossos professores que se organizaram e fizeram manifestações dignas da origem grega de nossa democracia.

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Prefiro lembrar o carinho e a confiança depositada nos deputados que defenderam juntos com os mestres os direitos e garantias que foram surrupiados pelo atual governo. Prefiro lembrar as demonstrações de afeto que recebi através dos abraços, dos apertos de mãos e dos olhares sinceros de pessoas que tinham uma causa para defender.

Guardo até hoje o terço que recebi de uma professora para me defender. Não esqueço o sorriso da Professora Renata de Castro pela qual passei direto e voltei em seguida para cumprimentar e tirar uma foto. Não esqueço a garra e a determinação das professoras Sandra de Paranavaí e Ana Paula de Jacarezinho. O carinho da professora Lia de Antonina. Não há como esquecer tão pouco a determinação da Professora Alcioneide de Pato Branco e da Nilma de Foz de Iguaçu. A incansável Sheila de Curitiba bem como a Fátima de Califórnia e Laureci de Curitiba. Todas Guerreiras, todas exemplos. Cito nestas professoras todas as professoras que lá estiveram.

Nos amigos Ralph, Wilson de Perola, Marcelino e Aires de Beltrão, Paulo César de Curitiba, José Rocha de Vera Cruz, César de Colombo e José Guilherme de Umuarama. Todos Professores que estavam a ensinar muito mais que o exigido no Plano de Educação, estavam sendo exemplo de luta por um ideal, exemplo de cidadania.

Seria Impossível citar a todos os que levantaram-se contra o seu algoz. Sintam-se todos homenageados e saibam que estas memórias guardarei com carinho e apreço e por isto mesmo a indignação permanecerá contra aqueles que tentaram os subjugar.

Imagino os meus professores, aos quais dei tanto trabalho, vendo o que me tornei. Imagino se vêm em mim um pouco de cada um. Indago se eles conseguem ver, como eu vejo, que cada discurso, cada posição que tomo em cada movimento dessa vida pública tem um pedaço deles, um pedaço que eles doaram à minha formação.

Meus valores ganhei em casa, meu caráter construí questionando estes mesmos valores e os rumos que tomei foram baseados nos ensinamentos dessa vida que passam desde a tabuada da Tia Gilda, pelas músicas da Ms. Abel, aos questionamentos do Fabio nas aulas de OSPB, passando pelos livros que li com a Professora Terezinha. Não desistir passou pelas mãos das aulas de educação física do William e da Elia, a teimosia deve ter vindo de tantos outros que nunca desistiram de um aluno que dava trabalho. Foram tantos os professores que contribuíram…. teve o Johnson que na minha formatura de segundo grau previu que eu seria político – eu ri e jurei que dessa água não beberia – espero não tê-lo decepcionado… nunca fui o preferido da professora, mas o carinho e respeito que tenho por todos eles me traz um sorriso no rosto.

Parabéns pelo seu dia, meus Professores, ainda tenho muito a aprender com vocês! [1]

[1] No Brasil, o Dia do Professor é comemorado em 15 de outubro.

No dia 15 de outubro de 1827, Pedro I, Imperador do Brasil baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A ideia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima – caso tivesse sido cumprida. Fonte: Wikipedia.

*Requião Filho é advogado, deputado estadual pelo PMDB, vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa do Paraná, especialista em políticas públicas.

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