Coluna do Ricardo Gomyde: Vamos dar uma banana para o racismo na Copa!

Ricardo Gomyde, em sua coluna deste sábado, detona uma praga chamada racismo no futebol: "Vamos dar uma banana para o racismo durante os jogos da Copa do Mundo no Brasil", avisa o colunista, que é do Ministério do Esporte e um dos organizadores do evento no país; ele pede punições mais rigorosas para atos de racismos como aquele contra Daniel Alves, lateral-direito do Barcelona e da Seleção Brasileira, que foi agredido com uma banana atirada ao campo; Se for brasileiro, deve ser banido. E se for estrangeiro, deve ser impedido de entrar em nosso país e, por consequência, dos nossos estádios!, opina Ricardo Gomyde, que posou ao Blog do Esmael segurando uma banana em solidariedade a Daniel Alves e em campanha pela punição rigorosa aos racistas antes, durante e depois da Copa; leia o texto e compartilhe.
Ricardo Gomyde, em sua coluna deste sábado, detona uma praga chamada racismo no futebol: “Vamos dar uma banana para o racismo durante os jogos da Copa do Mundo no Brasil”, avisa o colunista, que é do Ministério do Esporte e um dos organizadores do evento no país; ele pede punições mais rigorosas para atos de racismos como aquele contra Daniel Alves, lateral-direito do Barcelona e da Seleção Brasileira, que foi agredido com uma banana atirada ao campo; Se for brasileiro, deve ser banido. E se for estrangeiro, deve ser impedido de entrar em nosso país e, por consequência, dos nossos estádios!, opina Ricardo Gomyde, que posou ao Blog do Esmael segurando uma banana em solidariedade a Daniel Alves e em campanha pela punição rigorosa aos racistas antes, durante e depois da Copa; leia o texto e compartilhe.
Ricardo Gomyde*

Na última semana, repercutiu no mundo inteiro a reação do lateral-direito do Barcelona e da Seleção Brasileira, Daniel Alves, diante de um infeliz episódio de racismo cometido contra ele durante partida do Campeonato Espanhol. Independente de todas as polêmicas que pegaram carona nessa situação,sejam elas de oportunismo ou mercadológicas, não podemos deixar de considerar a resposta dada por Daniel como ousada e forte.

Infelizmente, esse tipo de situação tem sido cada vez mais comum nos estádios do mundo inteiro. Pior do que ver essa praga se espalhar nos campos da Europa, por exemplo, é vê-la presente nos estádios do Brasil, um país tão fortemente miscigenado.

No Brasil, infelizmente, os instrumentos legais para repressão ainda parecem insuficientes. Não basta interditar estádio nem apenar o clube, cuja torcida insulta a cor do adversário. Urge castigar os criminosos ao menos com a brandura da lei, que define esses atos infames como simples injúria pessoal. As multas contra os clubes são insuficientes.

Esses racistas devem ser banidos dos estádios, como fez o Villareal na Espanha, que baniu para sempre o torcedor que atirou a banana contra Daniel. As manifestações racistas dentro dos estádios são crimes graves. As multas constituem uma forma de punição necessária, mas insuficiente. Essas pessoas não podem frequentar ambientes onde a confraternização é a marca que deu ao futebol o prestígio e a força que ele tem. Se for brasileiro, deve ser banido. E se for estrangeiro, deve ser impedido de entrar em nosso país e, por consequência, dos nossos estádios.

Por isso, queremos fazer da Copa do Mundo no Brasil um marco na luta contra esse mal. Um evento desse porte, que abrange questões universais como a promoção da paz e o combate ao preconceito, pode e deve ser aproveitado para apresentar mecanismos de expressão de repúdio, com frases, faixas e ações pontuais. Inclusive, uma carta contra o racismo no futebol, escrita pelo Papa Francisco, a pedido da presidenta Dilma Rousseff, será lida por um jogador da Seleção Brasileira antes do jogo de abertura da Copa do Mundo, entre Brasil e Croácia. Essa é apenas uma das ações preparadas pelo governo federal em resposta a esses recentes e infelizes episódios de preconceito. Esperamos que esse mal seja minado de vez com o exemplo que vamos dar na Copa do Mundo. Essa é uma forma onde todos sairão vitoriosos.

Economia

*Ricardo Gomyde, assessor do Ministério do Esporte, especialista em políticas de inclusão social, é membro da Comissão Organizadora da Copa do Mundo no Brasil em 2014. Escreve nos sábados no Blog do Esmael.

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