O projeto de lei que muda as regras da eleição para diretores de escola vai à votação do plenário da Assembleia Legislativa, em segundo turno, na sessão desta quarta-feira (7). Aprovado em primeiro turno na segunda-feira (5), o projeto recebeu doze emendas e está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que se reúne no início desta tarde.
Se prevalecer a visão de que o diretor de escola é função de confiança do governo,tal qual os comissionados, Beto Richa (PSDB) passará a ter total controle sobre quem vai se candidatar e quem deverá permanecer no cargo de gestor mesmo depois de eleio pela comunidade.
Se confirmada a aprovação dessa aberração tucana, será o fim da pouca democracia que existe nas 2,1 mil escolas da rede pública no estado.
Entretanto, a APP-Sindicato aposta nas emendas apresentadas pelos deputados de oposição para garantir a gestão democrática escolar.
Segundo o deputado Tadeu Veneri (PT), líder da oposição, o governo pretende transformar as eleições escolares num braço do processo eleitoral. “O que está em jogo é se os diretores passarão a ser eleitos com o apoio da comunidade escolar ou pelo poder dos vereadores, dos prefeitos e do próprio governador.”
O governo está jogando pesado e mobilizando uma grande claque formada por servidores com cargos de chefia e comissionados para apoiar os deputados da chamada “bancada do camburão”. É evidente o temor por deserções.
Por seu lado, os professores estão mobilizados para encarar mais essa batalha, tentando mais uma vez se defender dos ataques de um governador que os elegeu — e a educação também –, injustamente, como seus principais inimigos.
Com informações da APP-Sindicato.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.