O presidente do PMDB do Paraná, deputado Osmar Serraglio, na marca do pênalti, decretou! hoje na sigla que dirige luto de três dias pela morte do presidenciável Eduardo Campos (PSB). O ex-governador pernambucano vai ser enterrado neste domingo (17) em Recife.
Na verdade, o luto de Serraglio não tem nada a ver com uma justa homenagem ao político socialista. Pelo contrário. Trata-se de um subterfúgio que o parlamentar encontrou para adiar a dissolução da executiva estadual peemedebista que ele comanda.
Segundo Sérgio Ricci, membro do diretório peemedebista, o ainda presidente decretou! o luto para fechar a sede da agremiação e evitar a reunião do diretório estadual convocada para amanhã, à s 14 horas, com finalidade de gongá-lo! do cargo. Segundo ele, isso de nada adiantará porque o encontro será realizado na rua, em frente ao prédio da Rua Vicente Machado, no Centro de Curitiba.
Quando Tancredo Neves e o velho Ulisses Guimarães morreram o partido não fechou as portas em sinal de luto. As “sinceras homenagens” do Serraglio é mais uma prova de como ele “advogado” pelos outros partidos, não pelo PMDB!, critica Ricci.
Requião quer dissolver a executiva porque esta ainda tem membros remanescentes que torcem pela reeleição do governador Beto Richa (PSDB). O próprio Serraglio sonhava com a vice do tucano.
O diretório do PMDB é composto por 71 membros. Para a autoconvocação do colegiado são necessárias 21 assinaturas. A tropa de choque do senador Roberto Requião, candidato do partido ao governo do estado, reuniu 40 apoios. Para dissolver a executivo é preciso 36 assinaturas, portanto, o grupo tem quatro a mais.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.