Turquia manda prender mais de 100 empreteiros pelos desabamentos de prédios; terremoto matou mais de 33 mil pessoas na região

O terremoto que atingiu a Turquia e a Síria na segunda-feira causou mais de 33 mil mortes, e o número pode aumentar ainda mais. As autoridades turcas emitiram mais de 100 mandados de prisão para empreiteiros, arquitetos e engenheiros ligados a algumas das dezenas de milhares de edifícios destruídos ou seriamente danificados. Pelo menos 12 pessoas estão sob custódia, incluindo empreiteiros e arquitetos.

A situação na Síria é descrita como desesperadora, com a ONU denunciando o fracasso internacional em levar ajuda humanitária para onde ela é mais necessária.

A raiva pública continua a aumentar na Turquia, com as prisões vistas como uma tentativa do presidente Recep Tayyip Erdogan de desviar a culpa antes das eleições difíceis de maio.

O vice-presidente da Turquia, Fuat Oktay, disse que 131 pessoas foram identificadas como suspeitas de serem responsáveis ​​pelo desabamento de edifícios, e ordens de detenção foram emitidas para 113 delas.

O presidente Erdoğan acusou seus críticos de mentir e culpar o destino pelo desastre, prometendo começar a reconstrução dentro de semanas.

Governo turco aplica multas na especulação

De acordo com o jornal Hurriyet, o Ministério da Economia da Turquia impôs uma multa de 85 milhões de liras – cerca de R$ 24 milhões na cotação de hoje – a indivíduos que exploraram o recente terremoto para ganhar dinheiro ilegalmente.

Economia

A punição visa combater a aproveitação indevida de desastres naturais para fins lucrativos.

Segundo o órgão governamental, foram aplicadas sanções a 353 empresas que aumentaram seus suprimentos de emergência após o terremoto, como aquecedores, cestas básicas e cobertores.

Além da avareza dos empresários locais, os turcos ainda estão lutando contra as notícias falsas relacionadas com o terremoto que devastou a região. Dentre as fake news disseminadas estão a explosão das paredes da barragem em Kahramanmaraş e Hatay.

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