Trabalhadores da Eletrobras iniciam greve a partir da zero hora de segunda

Os eletricitários do sistema Eletrobras iniciam greve de 72 horas a partir da zero hora desta segunda-feira (11 de junho) para denunciar a ofensiva do governo de Michel Temer pela privatização da Eletrobras e a venda das distribuidoras de energia do grupo.  A data coincide com o aniversário de 56 anos da estatal, criada em 1962 durante o governo do presidente João Goulart.

“Ao contrário do que o governo diz, a privatização da Eletrobras irá aumentar a conta de luz para o consumidor comum e a greve é um alerta para à população sobre esse risco. Além do mais, a política de privatização coloca em cheque a soberania nacional no planejamento e na operação da matriz elétrica brasileira, uma vez que o patrimônio do povo será vendido ao capital estrangeiro e, ainda por cima, a um preço de banana”, explica Pedro Blois, presidente da FNU – Federação Nacional dos Urbanitários, entidade que representa o categoria dos eletricitários em todo os país.

Atualmente, o governo federal detém 63% do capital total da Eletrobras, sendo 51% da União e outros 12% do BNDESPar e a empresa representa 32% da capacidade instalada de geração de energia, atua na distribuição em seis estados das regiões Norte e Nordeste e é responsável por 47% das linhas de transmissão de energia do país. Tem usinas de vários tipos de energia, como hidrelétricas, eólica, nuclear, solar e termonuclear.

Devem cruzar os braços, nestes dias 11, 12 e 13 de junho, aproximadamente 24 mil trabalhadores do grupo Eletrobras das áreas administrativas e atividades fins, como operação e manutenção de todas as empresas de geração, transmissão e distribuição de energia: Furnas, Chesf, Eletrosul, Eletronorte, Eletrobras e o Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel), além das distribuidoras do estados do Piauí, Rondônia, Roraima, Acre e Amazonas.