Termina o ‘mandato’ autoproclamado de Juan Guaidó


Neste sábado (23) termina o “mandato autoproclamado de presidente-encarregado” de Juan Guaidó. Chefe do parlamento venezuelano, de maioria oposicionista, Guaidó se autoproclamou numa manifestação no centro de Caracas em 23 de janeiro.

Guidó, que acusa Maduro de ditador, “acumulou” neste mês os poderes executivo e legislativo, algo inédito e sem precedentes até entre os regimes mais autoritários e fascistas. O líder oposicionista Guaidó teve o reconhecimento imediato de Washington, e depois do Brasil, Canadá, Colômbia e de outros países latino-americanos.

Neste período, tentou, sem êxito, rebelar os militares contra o governo Constitucional de Nicolás Maduro e pregou abertamente no país o desacato às instituições de Estado, sem sofrer qualquer represália ou ameaça de prisão.

Apoiado pelo governo de Donald Trump, que congelou ativos financeiros e sequestrou bens da Venezuela, Guaidó e apoiadores ainda distribuíram um texto de anistia aos funcionários civis e militares que rompessem com o governo constituído.

No final do mês de janeiro, a Corte Suprema venezuelana proíbe Guaidó de sair do país e congela suas contas, ao ser investigado por “usurpar” as funções de Maduro.

Durante este sábado, Guaidó participou de um show em Cucutá, região de fronteira entre Colômbia e Venezuela, organizado pelo bilionário britânico Richard Branson, e foi acompanhado dos presidentes da Colômbia, Iván Duque, do Chile, Sebastián Piñera, e Paraguai, Mario Abdo Benítez, desafiando uma determinação judicial que o impede de deixar a Venezuela.

Economia

As apostas de Guaidó, que perde capacidade de mobilização interna entre a população venezuelana, se concentram na ação intervencionista dos Estados Unidos e de seus aliados no continente. A ação de “ajuda humanitária” unilateral como um instrumento de pressão sobre Maduro não funcionou até o momento.