Donos de veículos de comunicação do Paraná trocaram mensagens no WhatsApp sobre a demora na licitação de R$ 95 milhões para a propaganda do governo do estado. Eles temem que o certame seja cancelado após as eleições e, consequentemente, levar um calote nos serviços prestados.
A tensão não é menor entre os proprietários de agências de publicidade, principalmente entre os que venceram e os que foram derrotados no pregão.
O Blog do Esmael teve acesso a documentos que tramitam no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a áudios que corroboram com possíveis irregularidades nesse processo de licitação milionária.
Em um dos áudios, funcionária do Palácio Iguaçu afirma que o governador Ratinho Júnior (PSD) fora informado sobre suposto vício na concorrência e que foi sugerido ao mandatário a “urgente” suspensão da mesma.
O Blog do Esmael apurou ainda que a farra publicitária autorizada pelo governo do Paraná, durante o período eleitoral, a título de campanha vacinal, chegou a R$ 3,5 milhões. Segundo levantamento inicial, foram 214 produções nessa fase especial.
Tente não chorar, pois os donos de jornais, portais, emissoras de rádio e televisão sentiram cheiro de calote no ar. Eles pressionam o Palácio Iguaçu – sede do governo estadual paranaense – para que conclua a licitação para a contratação de cinco agências de propaganda antes do primeiro turno. Ratinho titubeia, com razão.
A comissão de licitação do governo estadual aprovou, até agora, as agências TIF, Gpac, LUA e Vivas – todas elas remanescentes do então governo Beto Richa (PSDB).
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.