Técnico de vôlei intubado é prova de que ‘histórico de atleta’ não é imunizante

Em março de 2020, o presidente Jair Bolsonaro dissera de forma irresponsável que seu “histórico de atleta” diminuiria sua preocupação em ser contaminado com o coronavírus. “Quando muito, [seria] acometido de uma ‘gripezinha’ ou ‘resfriadinho’”, declarou o mandatário durante um pronunciamento em rede de rádio e televisão.

No mês passado, deste 2021, Bolsonaro ao negacionismo de sempre ao marcar em suas redes sociais uma matéria da CNN Brasil: “Pelo meu histórico de atleta… Bom dia a todos”, escreveu.

Pois bem, o presidente Jair Bolsonaro mentiu à nação ao afirmar que ex-atleta não seria vulnerável à infecção com o vírus na sua forma mais drásticas. O caso do técnico da seleção masculina de vôlei, Renan Dal Zotto, desmente a fake news do inquilino do Palácio do Planalto.

Zotto, diagnosticado com Covid, foi intubado para manter o nível de saturação de oxigênio mais alta.

Além do técnico Renan Dal Zotto, o vice-presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Radamés Lattari, também com o coronavírus, foi extubado e segue com boa evolução clínica. Ele é bacharel em Educação Física e conquistou 23 títulos como técnico da Seleção.

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Renan Dal Zotto, o técnico, 60 anos, segue intubado. Ele já tomou a primeira dose da vacina, em Santa Catarina, mas ainda aguarda o calendário para tomar a segunda dose. Os imunizantes não impedem que as pessoas peguem a doença. Sem a vacina, a situação poderia ter sido mais grave ainda…

O instituto Butantan, responsável pela produção no Brasil da Coronavac, revelou que a maior taxa de eficiência da vacina é a partir de duas semanas após a aplicação da segunda dose. A Coronavac representa até agora 83% das vacinas aplicadas no país.

Radamés e Renan têm ‘histórico de atleta’ mas isso não impediu que eles contraíssem a doença de forma violenta. Por isso é fundamental, mesmo depois da vacina, distanciamento social, uso da máscara e higienização das mãos.

Quem é Renan Dal Zotto

Renan Dal Zotto é um ex-voleibolista, atleta olímpico, e atual técnico da Seleção Brasileira de Voleibol. Como atleta, foi um dos maiores nomes do esporte nas décadas de 1980 e 1990, alcançando sucesso absoluto em quadras defendendo a Seleção Brasileira e clubes nacionais e italianos. Foi eleito para o Hall da Fama do Voleibol em 2015.