A presidenciável Simone Tebet (MDB) despertou curiosidade nos telespectadores ao chamar a colega Soraya Thronicke (União) de candidata “Bolsonaro”. Ato falho, que Freud explica.
Freud explica que ato falho sempre ocorre quando o desejo do inconsciente é realizado, às vezes acidentalmente, equívoco na fala ou na memória.
No caso concreto, Soraya Thronicke se autoproclamava nas eleições de 2018 como ‘candidata do Bolsonaro‘. Ela apoiou o presidente no Mato Grosso do Sul, por onde se elegeu senadora em sua primeira disputa eleitoral.
No debate da Band, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) já havia chamado Soraya de “traidora”.
– Você que também nunca tinha ouvido falar da candidata Soraya, assim ela foi eleita: “a Senadora do Bolsonaro”. A história já mostrou como o eleitor trata os traidores – disse o filho do presidente.
O próprio Jair Bolsonaro explicou o motivo “desconcertante” para que a senadora sul-matogrossense lhe fazer oposição:
– A senhora seria muito dócil comigo, por exemplo, se eu tivesse atendido a senhora em todos os cargos pediu para mim. Sudeco, Iphan, Ibama… A senhora gosta de cargos, deitar e rolar — como a senhora não conseguiu, virou inimiga nossa. A senhora usurpou do meu nome para se candidatar e chegar ao Senado por Mato Grosso do Sul – atacou o presidente cessante, que se recusou a responder se foi vacinado.
Bolsonaro se irritou com a ex-correligionária quando questionado sobre a pandemia.
– Virou inimiga porque não conseguiu nenhum cargo, ficou chupando o dedo. Está fazendo papel de laranja com toda certeza – disse.
“A senadora do Bolsonaro” foi eleita para o Senado na eleição de 2018 comm 373.712 votos. Soraya Thronicke é a advogada e era do PSL, mesmo partido de Jair Bolsonaro quando se tornou presidente da República.
A ‘candidata do Bolsonaro’ e o ‘Padre do Bolsonaro’ [Padre Kelmon] literalmente roubaram a cena pelo lado bizarro no debate da Globo.
Assista ao trecho:
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