Tarcísio pode correr de Lula em 2026 por dois motivos, revela bastidor

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), estuda abandonar o projeto presidencial de 2026 diante de dois fatos novos: Lula (PT) lidera com folga e venceria no primeiro turno, segundo a pesquisa Atlas Pulse-Bloomberg, e o próprio petista confirmou que disputará a reeleição rumo ao quarto mandato.

Esses dois elementos, combinados, reforçam a avaliação de Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD e um dos principais articuladores do centro político, de que Lula será “imbatível” nas urnas.

Kassab tem aconselhado Tarcísio a recuar da aventura nacional e buscar a reeleição em São Paulo, com ele, Kassab, na vice-governadoria.

O plano seria manter o domínio paulista até 2030, quando o governador paulista “reeleito” voltaria com força total para o Palácio do Planalto.

A pesquisa Atlas Pulse-Bloomberg, divulgada neste fim de semana confirma a estabilidade da popularidade de Lula, aprovado por 51% dos brasileiros.

O levantamento, feito entre 15 e 19 de outubro, ouviu 14.063 pessoas, com margem de erro de ±1 ponto percentual e nível de confiança de 95%.

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Nos cenários eleitorais testados, Lula aparece com 51% das intenções de voto, contra 30% de Tarcísio de Freitas e 26% de Michelle Bolsonaro (PL) em simulações diferentes.

Em todos os casos, o presidente venceria no primeiro turno.

O petista também venceria com folga no segundo turno: 52% a 44% sobre Tarcísio e 52% a 43% contra Michelle Bolsonaro.

Contra Ratinho Júnior (PSD-PR), Lula teria 51% a 37%.

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Kassab é o nome do jogo. Foto: Ricardo Stuckert
Kassab é o nome do jogo. Foto: Ricardo Stuckert

O desempenho superior em todos os cenários eleitorais confirma o diagnóstico de Kassab: a força política e simbólica de Lula permanece intacta, mesmo após três mandatos presidenciais.

Durante visita oficial à Indonésia, Lula anunciou publicamente que será candidato à reeleição.

“Vou disputar um quarto mandato no Brasil. Estou com a mesma energia de quando tinha 30 anos”, declarou ao lado do presidente indonésio Prabowo Subianto.

A confirmação caiu como uma bomba nos bastidores da direita, especialmente entre governadores como Tarcísio de Freitas, Ratinho Júnior (PSD-PR) e Romeu Zema (Novo-MG), que vislumbravam uma corrida mais aberta ao Planalto.

Para Kassab, o caminho mais seguro é a continuidade administrativa: Tarcísio em São Paulo, Kassab na vice, e Lula mantendo a dianteira nacional até 2030.

O próprio Kassab tem dito a aliados que “a lojinha do Bandeirantes” precisa ser bem cuidada até que o governador paulista tenha chance real de disputar a Presidência.

Fontes ouvidas pelo Blog do Esmael em Brasília e São Paulo afirmam que a decisão de Tarcísio deve ser adiada até o início de 2026, mas o cenário atual aponta recuo estratégico.

Com a economia reagindo, inflação controlada e medidas populares como a isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil e a ampliação da Farmácia Popular, Lula consolidou o lulismo moderado como eixo dominante do eleitorado.

A direita enfrenta o desafio de reformular seu discurso econômico, enquanto o bolsonarismo perde tração nas ruas.

Kassab, pragmático, aposta que 2026 será o ano de Lula, e 2030, o de Tarcísio.

O xadrez político de 2026 se redefine com Lula em alta e Tarcísio em dúvida.

O governador paulista, que sonhou com o Planalto, pode recuar e consolidar sua base em São Paulo, abrindo espaço para novos rearranjos na centro-direita.

O que é certo: Lula entra na disputa como franco favorito e força todos os adversários a recalcular rotas.

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