Sem Zé Trovão, caminhoneiros prometem greve contra Bolsonaro dia 1º de novembro

Foragido da justiça no México, Zé Trovão, o líder dos caminhoneiros não estará presente na próxima manifestação de 1º de novembro. Os profissionais da estrada prometeram uma nova paralisação a partir de 1º de novembro, caso o presidente Jair Bolsonaro não atenda as demandas da categoria. A greve contra o governo federal será por tempo indeterminado.

As pautas dos caminhoneiros são antigas, que nunca foram cumpridas por Bolsonaro: fazer pegar a lei do frete mínimo e criar nova política de preços para os combustíveis.

O deputado Nereu Crispim (PSL-RS), presidente da Frente Parlamentar do Caminhoneiro Autônomo e Celetista explicou os motivos da greve:

“Nós, caminhoneiros autônomos do Brasil, estamos em estado de greve. Significa dizer ao governo Bolsonaro que o prazo de três anos que ele teve para desenvolver, desencadear, melhorar a vida do transportador autônomo não foi cumprido.”

Bolsonaro e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em mais uma tentativa de enganar os caminhoneiros e jogar a batata quente para os governadores, reduziram os ICMS dos combustíveis, mas mantiveram a política de paridade de preços da Petrobras. Isto significa que os aumentos no óleo diesel continuarão lastreados na variação do dólar e na cotação internacional do petróleo, enquanto eles, caminhoneiros, recebem em real e sem um frete mínimo.

Zé Trovão, do autoexílio asteca, estuda gravar um vídeo em apoio aos companheiros de boleia.

Economia

Quanto ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, ele ficou de cabelo em pé ao ficar sabendo um parlamentar bolsonarista está à frente da organização da manifestação dos caminhoneiros. O magistrado sentiu um forte cheiro de enxofre no ar.

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