Durante uma transmissão ao vivo na internet, o ex-governador do Paraná, Roberto Requião (PT), fez no domingo (13/8) comparações entre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em relação às propostas econômicas e privatizações.
Requião criticou a visão econômica do governo do Partido dos Trabalhadores (PT), questionando o alinhamento de Haddad com uma abordagem mais liberal e apontando para a privatização de estatais, incluindo a Copel (Companhia Paranaense de Energia).
O evento online abordou o papel do Estado na economia, as políticas de privatização e as implicações para o desenvolvimento do país.
Durante a transmissão, Requião destacou que a proposta econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) possui semelhanças com a abordagem liberal adotada por Fernando Henrique Cardoso, que ficou conhecido por suas políticas de privatização.
Requião enfatizou que a visão econômica de Haddad se assemelha ao que ele chamou de “Fernando Henrique 2.0”, referindo-se à continuidade das políticas liberais.
Ele citou declarações de Haddad sobre a preferência por parcerias público-privadas (PPPs) em vez de investimentos públicos.
Requião expressou preocupações sobre a privatização da Copel, uma importante empresa estatal de energia no Paraná.
Ele alegou que a venda da empresa comprometeria o modelo energético brasileiro, que é reconhecido internacionalmente por sua característica renovável.
O ex-governador também apontou para a privatização de outras estatais, incluindo a Companhia Brasileira de Gás (CompraGás), da qual ele foi criador.
Uma das críticas mais contundentes de Requião foi direcionada ao presidente Lula.
Ele questionou a ausência de manifestações públicas por parte de Lula contra a privatização da Copel, especialmente em comparação com a revogação de outros decretos de Bolsonaro.
Requião também destacou que Lula não revogou o decreto de privatização da Copel, o que considerou decepcionante.
Requião fez referência à tendência internacional de reestatização de sistemas elétricos em países como França, Alemanha, Portugal e México.
Ele argumentou que o Brasil está indo contra essa tendência ao optar pela privatização de estatais.
O discurso de Requião durante a live trouxe uma perspectiva crítica e única sobre as políticas econômicas do governo federal atual, ao comparar a abordagem de Haddad com o legado de FHC.
Ele também abordou a falta de intervenção de Lula na questão da privatização da Copel e outras estatais, ressaltando a importância do debate sobre o papel do Estado na economia e o impacto das privatizações.
Portanto, a comparação feita por Roberto Requião entre Fernando Haddad e Fernando Henrique Cardoso, bem como suas críticas às políticas de privatização, têm gerado debates e reflexões sobre o caminho econômico que o Brasil está trilhando.
Enquanto o país busca equilibrar o desenvolvimento industrial e a soberania nacional, o debate sobre o papel do Estado e a privatização de empresas estatais permanece em pauta.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Requião assim é feio. Antes era petista, agora é dos contra. O Haddad está fazendo um bom papel como Ministro da Economia, muito, mas, muito melhor que o Paulo Guedes, que você só satirizava.