Os jornalões brasileiros escondem problemas econômicos do país para proteger interesses próprios
As pautas da velha mídia corporativa continuam sendo as próprias, ou seja, ela olha para o próprio umbigo em detrimento do interesse da sociedade brasileira. A redução da taxa de juros e o fim da política de preços, a diabólica PPI adotada pela Petrobras desde o golpe que derrubou Dilma Rousseff em 2016, passam ao largo das redações e dos jornalistas. Esses temas são motivos de censura explícita nos jornalões.
Nesta quarta-feira (15/3), por exemplo, a velha mídia brasileira está focada em assuntos domésticos, porém distantes das pautas econômicas. Nessa toada, a Folha diz que o Brasil desperdiçou 39 milhões de doses de vacina da Covid durante o governo Bolsonaro.
O Estadão continua a cobertura crítica do Planalto, relatando que o governo Lula mantém repasses federais sem transparência e que uma procuradora do MPF aponta ‘continuidade’ do orçamento secreto.
O Globo, dos Marinho, destaca a agenda do ministro Fernando Haddad, que projeta zerar o déficit público em 2024, afastando temores de uma explosão da dívida pública.
A onda de ataques do crime organizado às cidades do Rio Grande do Norte, governado por Fátima Bezerra, do PT, também é destaque nos jornais. O governo pediu ajuda da Força Nacional para lidar com a violência.
O depoimento do ex-ministro Bento Albuquerque à Polícia Federal sobre o escândalo das joias também é destaque, com o almirante mudando mais uma vez sua versão sobre as joias sauditas.
Além disso, o escândalo do uso da Abin para monitorar desafetos continua sendo notícia, com o Planalto classificando a espionagem como ‘muito grave’. A Comissão de Inteligência do Congresso vai requisitar documentos sobre a espionagem ilegal feita pela Abin.
Por fim, a Folha destaca que Lula amplia espaço da União Brasil na Codevasf e mantém aliados de Arthur Lira em estatal, como um esforço do governo para atrair votos no Congresso.
Como se vê, caro leitor, os jornalões fazem de tudo para não discutir taxas de juros, preço dos combustíveis, Banco Central independente, privatizações criminosas e pedágios caríssimos herdados da era Bolsonaro. Na prática, a velha mídia, que é propriedade cruzada de bancos e especuladores, luta para manter o atual estado de coisas contra o povo brasileiro.
LEIA TAMBÉM