Deu chabu na distribuição do fundo eleitoral da Rede no Paraná

A Rede pode não ser muito “sustentável” no Paraná. O partido no estado está distribuindo desigualmente o fundo de campanha entre candidatos brancos e negros, que disputarão as eleições 2022.

Mauro Rockenbach, branco, candidato a deputado federal, recebeu R$156.000,00 de Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).

Mesael Caetano, preto, candidato a deputado federal, recebeu apenas R$9.000,00 do FEFC. O valor é dezessete vezes a menos do de Rockenbach.

No entanto, há outros candidatos brancos que também receberam da Rede os mesmos R$9.000,00. É o caso do candidato Awaju Poty.

Tom Martins, branco, recebeu R$5.000 de fundo.

Cláudio Castro foi agraciado com R$21.000,00.

A reforma eleitoral aprovada pelo Congresso no ano passado (Emenda Constitucional 111) adotou novas regras para incentivar a eleição de mulheres e negros para a Câmara dos Deputados.

Os votos dados a mulheres e pessoas negras contarão em dobro para a distribuição de recursos do Fundo Eleitoral entre os partidos políticos, segundo a Emenda 111.

Procurado pelo Blog do Esmael, Mesael Caetano disse que vai discutir com a direção da Rede para reivindicar o mesmo valor do fundo de campanha que receberam os candidatos de cor branca.

A distribuição desigual dos recursos partidários entre candidatos aumenta ainda mais a desigualdade na competição por um espaço político pelas pessoas pretas e mulheres.

A Rede integra uma federação partidária formada com o PSOL.

No Paraná, o PSOL lançou candidatura própria ao governo – Professora Angela.

Já a Rede, uma parte está sob o guarda-chuva do governador cessante Ratinho Junior (PSD) e a outra orbita em torno da candidatura de Roberto Requião (PT).

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Rede distribui R$ 9 mil de fundo partidário para candidato negro enquanto candidato branco ficou com R$ 156 mil

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