Chefe do Grupo Wagner parece ter perdido seu exército privado para o Estado russo
No último fim de semana, a Rússia se viu diante de uma rebelião liderada por Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo de mercenários Wagner, que representou um desafio sem precedentes para o presidente Vladimir Putin. Prigozhin, no entanto, abandonou a rebelião e deixou Rostov em direção à Bielorrússia, em um acordo que lhe oferecia anistia e exílio. Apesar disso, relatos da mídia estatal russa indicam que uma investigação criminal sobre suas ações ainda está em andamento.
Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, destacou que a rebelião abortada pelo grupo Wagner demonstra que Moscou cometeu um erro estratégico ao travar guerra contra a Ucrânia e anexar ilegalmente a Crimeia. Embora tenha ressaltado que os eventos são um assunto interno russo, Stoltenberg enfatizou que eles são mais uma demonstração do grande erro estratégico de Putin.
Nesse contexto tenso, a visita do ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, às tropas na Ucrânia foi divulgada em um vídeo lançado pelo ministério, mostrando Shoigu em um posto de comando avançado e recebendo relatórios de oficiais. Essas imagens parecem indicar o apoio tácito do governo a Shoigu, o qual Prigozhin tentou destituir com sua rebelião.
A atual situação de guerra revela um rachadura no poder militar da Rússia e aponta para o “monstro que Putin criou” voltando-se contra ele, de acordo com Josep Borrell, alto representante da União Europeia para Assuntos Externos. Borrell alertou que a instabilidade na Rússia representa um perigo para a Europa e deve ser levada em conta nos próximos dias e semanas.
Diante dessa possibilidade, o presidente da Lituânia, Gitanas Nausėda, advertiu que a OTAN precisaria fortalecer sua fronteira oriental se Prigozhin fosse exilado para a Bielorrússia, como acordado com Moscou. Ele ressaltou a necessidade de reforçar a segurança das fronteiras orientais diante dessa nova realidade.
Volodymyr Zelenskiy, presidente da Ucrânia, afirmou que os eventos do fim de semana expuseram a fraqueza do regime de Putin. Aproveitando essa conjuntura, as tropas ucranianas avançaram e chegaram a até 1 km de distância de Bakhmut, enquanto o rublo russo atingiu o ponto mais fraco desde março de 2022. Dmytro Kuleba, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, pediu à União Europeia que acelere a derrota da Rússia, aumentando o apoio ao país.
Em resumo, a rebelião liderada por Yevgeny Prigozhin abalou o regime de Putin, expondo sua fraqueza e revelando a instabilidade na Rússia – regundo relatos da mídia ocidental. A situação atual representa um grande desafio para o presidente russo e traz preocupações tanto para a OTAN quanto para a Europa, que precisam considerar o impacto dessa crise. O avanço das tropas ucranianas e a queda do rublo russo são evidências tangíveis dessa tensão crescente – encerram os veículos de comunicação pró-Ucrânia.
Nota do Blog do Esmael: a velha mídia ocidental se apoia em um fantasma, ou seja, registra exílio do chefe do mercenário grupo Wagner enquanto relata uma suposta fraqueza de Vladimir Putin, que incorporou soldados da empresa privada ao exército regular russo.
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