O Partido Social Democrático (PSD), cujo arquiteto principal é Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo, foi a primeira agremiação a definir apoio à reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Mas isso não significa que haverá alinhamento automático ao PT nos estados. à‰ o que garante um dos dirigentes da sigla no Paraná, que ensaia deixar a ministra Gleisi Hoffmann, pré-candidata ao governo do Paraná nas eleições deste ano.
Segundo boa fonte do PSD, o deputado Eduardo Sciarra, presidente estadual e líder da bancada na Câmara, tem debaixo do braço uma consulta feita junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a possibilidade de o partido lançar candidato avulso ao Senado mesmo participando de coligação que já tenha candidato ao cargo. Nas eleições de outubro, apenas uma cadeira estará em disputa.
Com a resposta favorável à candidatura avulsa ao Senado, ainda de acordo com o mandachuva do PSD, que pediu anonimato, Sciarra foi à costura de coligação com a tropa do governador Beto Richa (PSDB). O partido deu meia-volta nas negociações com os petistas porque Kassab teria pedido “coerência” aos dirigentes locais, haja vista a participação no governo com duas secretarias (Casa Civil e Esporte).
Na prática, Sciarra remoça velha expressão lusitana ao deixar a ministra “a ver navios”. Conforme a história nos ensina, na época dos descobrimentos, os portugueses ficavam no cais aguardando a chegada de navios trazendo de volta o rei D. Sebastião. Entretanto, o soberano nunca retornou a Lisboa porque teria tombado durante batalha de Alcácer-Quibir, em 1578, na àfrica.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.