Professores de SP querem “devolver” secretário de Educação para o Paraná após invasão de celulares

Uma revolta está tomando conta dos professores da rede estadual de ensino em São Paulo após a recente invasão de seus celulares pelo aplicativo Minha Escola SP.

O episódio tem gerado polêmica e protestos, com educadores exigindo medidas rigorosas e até mesmo fazendo comparações com um incidente similar que ocorreu no Paraná.

A Secretaria Estadual da Educação emitiu uma nota esclarecendo que a implantação não autorizada do aplicativo ocorreu através das contas institucionais do Google, e não por meio dos chips corporativos, como foi inicialmente especulado.

A reversão do processo foi iniciada assim que o erro foi identificado, e a secretaria assegurou que medidas estão sendo tomadas para evitar recorrências.

No entanto, a Associação dos Professores do Estado de São Paulo (APEOESP) foi procurada por um grande número de docentes que se sentiram prejudicados e preocupados com a invasão de seus dispositivos.

Segundo a APEOESP, a implantação não autorizada viola a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e os professores têm o direito de buscar medidas judiciais em resposta a essa violação.

Economia

Comparação com incidente no Paraná

O incidente em São Paulo trouxe à tona memórias de um acontecimento similar ocorrido no Paraná em 2022, quando Renato Feder liderava a rede estadual de ensino naquele estado.

Na ocasião, um aplicativo chamado “Alura” foi instalado nos celulares de professores e alunos, também sem autorização.

O aplicativo pertencia ao grupo empresarial homônimo, que prestava serviços ao governo do Paraná.

A situação gerou críticas e alegações de erro por parte da administração.

Essa comparação não passou despercebida pelos educadores paulistas, que ironicamente pediram para “devolver” o secretário de Educação de São Paulo ao Paraná.

Os professores paranaenses, no entanto, responderam utilizando a frase “Nós não aceitamos devolução.”

Esse protesto humorístico reflete o descontentamento dos professores com a falta de respeito à privacidade e a sensação de repetição de erros passados.

A questão da privacidade e a LGPD

Especialistas em tecnologia apontam para a importância da Lei Geral de Proteção de Dados em situações como essa.

Embora a LGPD permita o tratamento de dados para execução de políticas públicas, há requisitos a serem cumpridos, como a análise do impacto na privacidade das pessoas afetadas e a comunicação clara aos envolvidos.

A falha parece ter sido exatamente a falta de aviso prévio e consentimento, resultando em um incidente que pegou os professores de surpresa.

Nas redes sociais, educadores expressaram sua frustração pela instalação não autorizada do aplicativo e pelo uso indevido de seus dados pessoais pelo governo.

A indignação é clara e reflete a preocupação crescente com a proteção da privacidade em um mundo cada vez mais digital.

Enquanto a Secretaria Estadual da Educação busca conter os danos causados por essa invasão, os professores continuam a levantar suas vozes, exigindo medidas concretas para garantir que sua privacidade seja respeitada e que incidentes desse tipo não se repitam no futuro.

Portanto, os professores do Paraná, sob a liderança da APP-Sindicato, repetem para todos ouvirem: “Nós não aceitamos devolução”, em alusão ao secretário Renato Feder.

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34 Respostas para “Professores de SP querem “devolver” secretário de Educação para o Paraná após invasão de celulares”

  1. Nada disso. Aqui não aceitamos devolução de “instrumento com vício de ofício “. Manda ele pra Minas Gerais. Lá é terreno fértil para esse tipo de medíocre. Desculpe-me os mineiros, mas quando um povo elege um tosco negacionista, bolsonarista, segregacionista que nem sabe articular corretamente um tempo verbal merece ser submetido a esse tipo de experiência.

  2. Esse incidente é mais uma evidência de que o governador Tarcísio é mesmo legítimo herdeiro do mostrengo Bolsonaro. Mostra, inclusive, que a sua montagem do governo Paulista escolheu seus secretários e assemelhados não pela capacidade técnica e experiência, mas sim, pela disposição de participar dos esquemas de corrupção.

  3. Não vejo a hora desse ser repugnante ir embora da nossa Educação, ele só está fazendo besteira, não entende nada de Educação, age como um moleque brincando de ser Secretario! Até quando nós educadores de São Paulo teremos de aguentar essa pessoa? Espero que o ministro da Educação possa fazer algo por nós e destitui esse Secretário o mais rápido possível, antes que a Educação Paulistana e Paulistana tenha uma queda brusca , sem condições de não conseguirmos fazer nada, pelo amor de Deus ACORDEM!!!

  4. Tá errando feio mesmo,mas o que mais impressiona é ver os professores quietos em relação ao corte da verba para a educação pelo governo federal…No anterior a educação ia de mal a pior por causa disso,agora tá tudo lindo e maravilhoso,somente o governo de São Paulo que está uma droga..rsrs
    Hipocrisia a gente vê o tempo todo nesse país!??

  5. Mandem prender essa praga. Acabou com nossa vida. Muitos colegas adoecidos, tendo que trabalhar 13h por dia e obrigados a fazer curso toda semana.
    Trabalhamos 3x mais. O aluno não tem acesso ao sistema nem internet. Cobra resultados dos professores. Querem que as plataformas deem certo. Mas elas nao funcionam. Tirem esse homem fora pelo amor de Deus. Apenas visa lucros para seu próprio bem. Não valoriza a educação. Joga um profissional contra ao outro. Faz jogo de pode. Determina ordem. Chega babar gritando: ” se virem, se virem. Nao quero saber”. Tercerizou o setor da limpeza. As meninas recebem 900,00 por mês. Trabalham igual condenadas. Por favor. Tirem esse homem da educação. Esse cavalo manco não se acertou para trabalhar como empresário e veio, com lábias manipuladoras, para educação.

  6. Os professores de São Paulo deve chupar essa manga, o Feder não é paranaense, a sua origem é Paulista, Ratinho trouxe essa porcaria praqui e não deu nada, só piorou o que já está ruim.
    Queremos coisa boa que nos trate com o deve cuidado, respeito, responsabilidade, que seja alguém menos neoliberal. O cara não é nem neoliberal, ele é o extremismo do neoliberalismo, ou seja, é o verme do cocô do cavalo do bandido.

  7. Educação é diferente de ditadura, de sistema de controle, de invasão de privacidade, de seletividade. Educação significa desenvolvimento do ser, do saber, do aprender , do relacionar, do conhecer, do construir, do conviver, de etica, de valores, de trocas, de pertença, de referência, de humanidade, de humanização, de democracia, de direitos, de liberdade. As maquininhas não suportam tudo isso. Elas piram . Voltemos pois as ações pedagógicas construtivas que abrem perspectivas e oportunidades a todos!!!

  8. Muitos professores adoecendo. Cobrança sem nexo e sem apoio algum. Ele acha que todos os alunos têm internet, celular… A própria escola não tem nem internet. Se quero dar uma aula de qualidade tenho ué usar meu próprio notebook e minha própria internet. Está mais preocupado em que os professores registrem a frequência dos alunos do que dêem aula.
    Os professores paranaense não merecem ter um ser desse comandando a educação ou qualquer outra pasta, portanto este Sr. deveria ser enviando para um lugar distante somente com a passagem de ida.

  9. Vi quem ainda defende essa gente. Será que sabe que o governo atual do país trabalha com o orçamento que herdou do gov.anterior? Já tem os que acham que a Apeoesp faz a cabeça do professor? No mínimo prof.deveria ter consciência de classe, assim lutaria pelos seus direitos como o reajuste do piso salarial, por aulas livres em local de livre escolha, pelo direito as 6 faltas abonadas, pois não ganha o 31o..dia trabalhado e por isso tem direito as abonadas. É triste ver trabalhador explorado e ser criticado por ignorância, pois sem direitos é trabalho escravo moderno, ou seja, sem senzala para morar, sem o pano do saco de açúcar para vestir e sem os miúdos dos porcos para comer. Enqto isso o rico cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre. Por acaso os políticos são avaliados para receberem os salários e os reajustes que ganham?

  10. A culpa e do povo que e burro, porque quiseram colocar a raça inteira do Bolsonaro, agora está pagando pra vê, eu já sabia que esse cara era um lixo na educação do PR eu tinha pesquisado sobre ele nem tem experiência na área da educação o cara tem e um simples empresário. Tinha professor que defendia com unhas e dentes agora estão tudo chorando. Falo porque trabalhei em escola como Agente de Organização Escolar. Agora chupa essa manga. Se SP quiser e só fazer uma greve daquelas boas e colocar o Tarcísio fora também.

  11. Devolver o Feder para o Paraná ou mandá-lo para Minas Gerais (com o perdão dos mineiros), mantê-lo em São Paulo no cargo -nada disso adianta
    Esse fulano que nada entende de educação deveria ser exonerado, processado criminalmente e submetido à pior das penas para um político do seu naipe: procurar emprego e trabalhar.

  12. O aplicativo instalado não é o único, no navegador Chrome versão de computador existe uma extensão chamado de Chromedash SP – São Paulo que tem a função de “Designed tô help administrator” e que permensceu ativa até a ocorrência do escândalo do aplicativo.
    Na verdade assim que usamos os e-mails @professor no windows ou aplicativos Microsoft e @prof nos do Google eles passam a ser gerenciados por políticas da SEDUC junto às empresas, independente de usarmos em aparelhos pessoais ou não.

  13. A educação no PR era ruim, com sua saída, ficou ruim da mesma forma. Quem tem um Ratinho no governo, não esperem melhora na educação, governo só quer que as metas sejam cumpridas através das plataformas,e danem-se alunos e professores.

  14. Nem time de futebol aceita de volta, jogador que não cumpre seu papel no time para onde foi.
    Ele não é objeto, não dá para devolver…
    O melhor caminho será os professores mediar, como sempre fazem, o processo de ensino e aprendizagem, corrigindo a indisciplina do sujeito envolvido e, responsável pela “bagunça na sala de aula”.
    Que tal convocar os responsáveis por ele? Isto não seria um ato infracional ou ilegal mesmo, digno de um “BeÓ”?

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