Por que Bolsonaro levou quase 4 anos para rever a política de preços da Petrobras

A expectativa é de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) reveja nas próximas horas a política da Petrobras de paridade internacional de preços dos combustíveis.

O objetivo do governo é reduzir o preço da gasolina, óleo diesel e gás de cozinha para o consumidor brasileiro.

Por outro lado, os acionistas e especuladores reivindicam novo aumento de 20% nos combustíveis em virtude da cotação internacional do petróleo.

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Os especuladores dizem que a Petrobras (PETR3;PETR4) perdeu mais de R$ 34 bilhões de valor de mercado, no entanto, isso pouco importa para o consumidor final de combustíveis no País.

Para quem abastece o carro ou compra o gás para cozinhar o feijão, pouco importa o valor de mercado da Petrobras. A empresa pública foi criada em 1953 para servir ao povo, não à especulação e interesses de privados.

O que intriga é por que Bolsonaro precisou de quase 4 anos para rever a política de preços da Petrobras? O que é por trás dessa demora? Quem lucrou? Quem enricou?

Economia

A cruzada de Lula contra o preço abusivo da gasolina e contra o desmonte da Petrobras

A atual política da Petrobras de paridade internacional de preços dos combustíveis da Petrobras, instituída em 2016 por Michel Temer (MDB), após o golpe que derrubou Dilma Rousseff (PT), que consiste na variação do dólar e cotação internacional do petróleo.

Na prática, os brasileiros recebem por seu serviço e trabalho em real enquanto pagam em moeda americana pelo combustível consumido. Um horror. Uma covarde disparidade.

Por causa da guerra na Ucrânia, o preço do petróleo disparou no mercado internacional. O barril é vendido nesta terça-feira (08/03) a R$ 127,70. O preço médio era de R$ 96 antes do conflito com a Rússia.

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A pergunta é: que diabo tem a ver os consumidores brasileiros com a guerra Rússia-Ucrânia, se o Brasil é autossuficiente em petróleo?

Nada. A rigor, se revogada a paridade internacional de preços, os combustíveis poderão ser vendidos por preços mais módicos no País.

Do jeito que está, o governo facilita para os espertalhões faturarem na especulação contra o Brasil.

De que lado está Bolsonaro, dos brasileiros ou dos especuladores? A hora da verdade está chegando. Tic-tac, tic-tac.