Petroleiros iniciam greve contrariando liminar do TST

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) decidiu iniciar a greve à zero hora desta quarta-feira (30), contrariando uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Segundo o coordenador da FUP, José Maria Rangel, a categoria não se intimidará e a greve está mantida. “A justiça do trabalho está agindo como a justiça do capital. Esse é o papel que ela tem cumprido ao longo dos últimos anos”, afirmou.

A ministra Maria de Assis Calsing concedeu uma liminar em caráter precário por considerar o movimento “aparentemente abusivo”. A decisão possível de reforma atendeu ao pedido de liminar da Advocacia Geral da União (AGU) e da Petrobras.

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Rangel criticou o TST por ter tomado se posicionado sem ouvir os trabalhadores. “O principal ponto que eles colocam é o fato da greve ser política. A primeira coisa que os ministros do TST tinham que se perguntar é como que eles chegaram ao Tribunal. Foi através de indicação política. O fim da Justiça do Trabalho, imposta pelo golpe, também é uma decisão política. O fato de Pedro Parente está destruindo a Petrobrás é uma decisão política. Tudo em nossa vida gira em torno da política”, ressaltou o coordenador da FUP.

“Eles queriam que a gente visse o desmonte que a Petrobrás está sofrendo e morrêssemos igual carneiro, com as lágrimas escorrendo? Nós não vamos fazer isso”, declarou.

“Nós sabemos o que está em jogo neste país. Nós não vamos ter que impedir os petroleiros de entrarem para trabalhar porque eles não vão trabalhar, pois sabem o que está acontecendo dentro da Petrobrás. Eles sabem que está em curso um processo de entrega do patrimônio público”, concluiu Rangel.

Economia

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Com informações da FUP

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