Moro e Bolsonaro já têm um Carandiru para chamar de seu: sobe para 62 mortos no massacre do Pará

Subiu para 62 o número de mortos no massacre iniciado na segunda-feira (29) no presídio em Altamira, no Pará. Na prática, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seu ministro da Justiça, Sérgio Moro, já têm um Carandiru para chamar de seu.

Em 1992, a carnificina no Carandiru exterminou 111 detentos que estavam sob a custódia do Estado de São Paulo.

O Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo com 820 mil presos, atrás somente dos Estados Unidos e da Rússia.

Nesta terça (30), Bolsonaro fez piada ao ser perguntado sobre o extermínio no Pará: “Pergunta para as vítimas que morreram lá o que eles acham, depois que eles responderem eu respondo a vocês.”

LEIA TAMBÉM
PT pede que PGR investigue declarações de Bolsonaro sobre pai do presidente da OAB

Recado de Lula: Bolsonaro deveria respeitar a cadeira de presidente que ocupou trapaceando

Economia

Boulos: Aumento da população de rua é ‘química explosiva’ em São Paulo

Chico Buarque: “Uma enxurrada de barbaridades cada vez que Bolsonaro abre a boca”

Crítica ao sistema prisional brasileiro

A exemplo do governo passado (Michel Temer), a dupla Moro e Bolsonaro que não tem um plano para conter os massacres. Pelo contrário, aplaude para o público interno, mas tem frouxos intestinais com a repercussão internacional.

Se o Estado não tem condições de garantir a integridade física dos presos, pois bem, soltem-nos. Não é possível um sistema prisional manter 40% presos provisórios, sem julgamento, e outros 25% devido à repressão às drogas cujo potencial ofensivo à sociedade é baixíssimo.

Pela sua formação fascista, a mídia adora a carnificina nos presídios porque não há um branco e rico sequer entre as vítimas. São pretos e pobres, invisíveis aos olhos da sociedade. São alguns a menos a incomodar os abastados. São negócios para os gestores de presídios privados — contribuidores de campanhas.