MEC cria comissão para censurar ENEM

O Ministério da Educação (MEC) criou nesta quarta-feira (20) uma comissão para fazer avaliação ideológica das questões do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2019.

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A comissão terá acesso as perguntas da prova para “verificar sua pertinência com a realidade social, de modo a assegurar um perfil consensual do exame”, segundo o ministério.

De acordo com a portaria publicada hoje pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), o grupo tem dez dias para dar um parecer e dizer quais questões ficam e quais serão retiradas da prova do ENEM.

Os membros da comissão são Marco Antônio Barroso Faria, ex-aluno do ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez, que é secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior no MEC, o representante do INEP, Antônio Maurício Castanheira das Neves e um membro da sociedade civil, Gilberto Callado de Oliveira, procurador de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina, também indicado por Vélez.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) já criticou questões do ENEM e disse que ele mesmo veria a prova antes de ser feita pelos alunos. Ele não gostou de uma pergunta no último exame que falava de um dialeto usado por transexuais.

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“Essa prova do Enem, vão falar que eu estou implicando. Agora pelo amor de Deus. Esse tema da linguagem ‘particulada’, aquelas pessoas, o que isso tem a ver? Vai estimular a molecada a se interessar por isso agora. No ano que vem, pode ter certeza, não vai ter questão dessa forma. Nós vamos tomar conhecimento da prova antes”, disse na ocasião.

Com informações do Estadão