Messias e Gleisi terão de esperar volta de Lula da Ásia para definição no STF

Blog do Esmael, direto de Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) preferiu adiar a escolha do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e manteve em aberto os dois nomes mais cotados: Jorge Messias, advogado-geral da União, e Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais.

O adiamento ocorreu após reunião, na noite de segunda-feira (20), com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que defende a indicação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a Corte. Lula ouviu o aliado, mas evitou cravar a decisão antes de embarcar nesta terça-feira (21) para a Ásia, onde participa da 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Nos bastidores, a leitura é de que, se o presidente já tivesse uma definição consolidada, teria feito o anúncio ainda antes da viagem. O gesto de cautela indica que o Planalto busca calibrar o equilíbrio político e institucional entre o Senado, o Supremo e as forças da base governista.

Jorge Messias é considerado o preferido técnico de Lula. Discreto e eficiente, tornou-se o principal formulador jurídico do governo e consolidou-se como conselheiro de confiança em decisões estratégicas desde a transição de 2022. O presidente o descreve como “leal e preparado”, perfil que agrada à ala técnica do governo e a parte do Judiciário.

Por outro lado, Gleisi Hoffmann permanece como a escolha natural caso o presidente opte por uma mulher. A ministra do Paraná reúne experiência política, trajetória institucional e trânsito entre os três Poderes. Para aliados próximos, Lula reconhece em Gleisi o mesmo perfil de fidelidade e capacidade de articulação que sempre valorizou em nomeações estratégicas.

Entre os leitores do Blog do Esmael, o apoio à ministra é expressivo: as publicações sobre o tema ultrapassam 20 milhões de interações nas redes, com forte mobilização popular em defesa de uma voz feminina e comprometida com os direitos sociais no Supremo.

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A volta de Lula ao Brasil, prevista para o dia 28, deve marcar a fase final da escolha. Até lá, Messias e Gleisi seguem no páreo, representando duas vertentes complementares do lulismo, o técnico e o político, ambos sustentados por laços de confiança com o presidente e pela expectativa de que a vaga reflita o equilíbrio entre competência, lealdade e representatividade.

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