Juiz da Lava Jato solicita proteção após depoimento de Tacla Duran sobre Moro e Dallagnol

Juiz da Lava Jato solicita proteção após depoimento de Tacla Duran sobre Moro e Dallagnol

Eduardo Appio, juiz da Lava Jato, apresentou um pedido de reforço na segurança pessoal devido a ameaças e pressão que vem sofrendo após o depoimento do advogado Rodrigo Tacla Duran, que citou o nome dos ex-juiz e atual senador, Sergio Moro (União-PR), e ex-procurador e atual deputado federal, Deltan Dallagnol (PODE-PR), em supostos casos de extorsão e pressão durante uma audiência com Appio.

O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba mencionou que as ameaças são resultado direto do poder econômico, social e político de Moro e Dallagnol. Appio encaminhou o pedido ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que ainda não havia se pronunciado sobre o assunto até a publicação da reportagem.

Além das ameaças citadas, o pedido também menciona a necessidade de um carro blindado para Appio pelos próximos 60 dias e cita ameaças relacionadas a um júri que envolve um membro de uma organização criminosa. Na terça-feira (28/3), a defesa de Moro solicitou que Appio se afastasse de qualquer decisão em processos da Lava Jato até uma apuração de suspeita.

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Tacla Duran acusou Moro e Dallagnol de pressioná-lo durante um processo em que ele é réu por lavagem de dinheiro para a Odebrecht.

Sobre Dallagnol, o advogado afirmou ser perseguido em outros países por ele.

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Em relação a Moro, Tacla Duran afirmou que foi vítima de tentativa de extorsão durante o processo por pessoas próximas ao ex-juiz.

Após o depoimento, Appio encaminhou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF) por se tratarem de um senador e um deputado federal.

A defesa de Moro recorreu à Justiça e pediu que o caso não fosse encaminhado ao STF, embora o senador tenha foro privilegiado. O MPF pediu que as acusações de Tacla Duran contra Moro e Dallagnol sejam julgadas pela Justiça comum.

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