A principal central sindical da Argentina, a CGT, convocou uma greve geral para o dia 24 de janeiro de 2024 em protesto contra as reformas econômicas implementadas pelo presidente Javier Milei.
A greve terá início ao meio-dia e se estenderá até a meia-noite, incluindo uma mobilização em direção ao Congresso Nacional.
Os trabalhadores argentinos estão horrorizados com a desregulamentação da economia, facilitando a importação de produtos industrializados estrangeiros, precarizando os direitos e garantias sociais, demissão de 7 mil servidores públicos.
Some-se a essas bandeiras, os preços dos alimentos disparam mais de 100 por cento nos mercados, a gasolina subiu, o transporte público idem, dificultando a vida dos argentinos.
Além disso, os argentinos que estão dispostos à sair nas ruas dia 24 de janeiro de 2024 [será uma quarta-feira] também veem a escalada autoritária de Milei, que pensa governar o país por decretos que favorecem a especulação financeira em detrimendo do trabalho.
Os partidos políticos e movimentos sociais argentinos estão requerendo ao judiciário que anule todos esses decretos do novo presidente, que não tem maioria no parlamento, e, possivelmente, já não tem o apoio da maioria dos que o elegeu.
Enfim, a manifestação programada contra Milei na Argentina pode ser um alerta para governantes de outros países que o neoliberalismo não é bem-vindo na América Latina.
No entanto, Milei ameaça usar a força policial para reprimir o povo da Argentina.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.