Gleisi defende Lewandowski e o STF, enquanto enfrenta Globo e Moro

O Jornal O Globo publicou um editorial criticando a indicação de Ricardo Lewandowski para o Ministério da Justiça pelo presidente Lula.

O texto do Globo foi alvo de severas críticas por parte de diversas personalidades políticas, incluindo a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann.

Ela acusou o jornal de fazer uma falsa equivalência entre Lewandowski e o ex-juiz Sérgio Moro, apontando para uma parcialidade e suspeição de Moro.

Gleisi Hoffmann, em suas declarações, destacou que o editorial do Jornal O Globo ofendia não apenas Lewandowski, mas também o STF e o presidente Lula.

Ela argumentou que a tentativa do jornal de “passar pano” para Sérgio Moro apenas reavivava memórias da cumplicidade da mídia com o ex-juiz, hoje acusado de crimes eleitorais.

Hoffmann criticou a comparação entre a trajetória de Lewandowski e o prontuário de Moro, classificando-a como cínica.

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Ela defendeu que Lewandowski engrandeceu o STF, enquanto Moro corrompeu o sistema de Justiça.

Esta declaração reflete uma visão amplamente compartilhada entre os apoiadores do PT e outros garantistas que são críticos da finada Operação Lava Jato.

Outro ponto abordado pela dirigente petista foi a atuação de Moro em relação a Lula.

Ela afirmou que Moro agiu de forma premeditada, parcial e criminosa, contribuindo para a candidatura de Bolsonaro em 2018 ao condenar e prender Lula.

As decisões do STF que posteriormente anularam as condenações de Lula foram destacadas como colegiadas e constitucionais, diferentemente da cobertura dada pela mídia, incluindo o Jornal O Globo.

Gleisi Hoffmann também mencionou decisões monocráticas de Lewandowski, que beneficiaram a família e aliados de Bolsonaro.

Segundo ela, estas decisões demonstram a fidelidade de Lewandowski à Constituição, sem contaminação partidária.

Ela argumenta que, ao contrário do que sugere o editorial, tais decisões não deveriam inviabilizar sua indicação.

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O editorial do Jornal O Globo é representativo de uma postura que muitos críticos consideram tendenciosa.

A maneira como o jornal aborda figuras políticas como Lula, Lewandowski e Moro reflete não apenas opiniões editoriais, mas também possíveis alinhamentos políticos e ideológicos.

A acusação de parcialidade contra Moro e a suposta cumplicidade da mídia na promoção de sua figura como herói nacional trazem à tona debates importantes sobre a liberdade de imprensa e a responsabilidade jornalística.

As implicações dessas ações no cenário político brasileiro são profundas e merecem uma análise criteriosa.

A defesa de Lewandowski por Gleisi Hoffmann e suas críticas à postura do Jornal O Globo e a Sérgio Moro abrem espaço para uma reflexão mais ampla sobre a ética jornalística e o papel da mídia no contexto político.

Enquanto o debate continua, é crucial que as informações sejam apresentadas de maneira imparcial e equilibrada, permitindo que o público forme suas próprias opiniões com base em fatos e análises fundamentadas.

Aqui estão os post de Gleisi Hoffmann, publicados no X, antigo Twitter:

1. O @JornalOGlobo deveria pedir desculpas ao ministro Lewandowski pela leviandade de seu editorial, que ofende também o STF e o presidente @LulaOficial. Se queriam passar pano para Sérgio Moro, que inspirou o texto com uma postagem moleque nas redes sociais, só conseguiram avivar a memória da cumplicidade com aquele que proclamaram herói e hoje está à beira de ser cassado por crimes eleitorais.

2. É absurda e indigna a falsa equivalência que editorial do Globo faz entre a indicação de Ricardo Lewandowski para o Ministério da Justiça, pelo presidente Lula, e a cumplicidade de Sergio Moro com Jair Bolsonaro. Comparar o prontuário de Moro com a trajetória de Lewandowski beira ao cinismo. O ex-juiz corrompeu o sistema de Justiça; Lewandowski engrandeceu o STF.

3. Moro ganhou seu ministério (e a promessa de ir ao STF) porque viabilizou objetivamente a candidatura de Bolsonaro em 2018, ao condenar sem provas e prender Lula ilegalmente, excluindo-o da campanha em que era favorito. Agiu de forma premeditada, parcial e criminosa, como apontou mais tarde o Supremo.

4. As decisões definitivas do STF que repararam a injustiça e devolveram os direitos de Lula foram colegiadas e absolutamente constitucionais, atendendo habeas corpus da defesa. Sem ilegalidades, sem usurpações e sem o apoio que o Globo e a mídia deram à perseguição da Lava Jato a Lula.

5. Curiosamente, em outra página do Globo registram-se com malícia decisões monocráticas de Lewandowski favoráveis a pleitos da família e de aliados de Bolsonaro, todas em vigor. Pelo critério medíocre do editorial, seriam argumentos para inviabilizar sua indicação por um presidente petista. Mas o que eles comprovam é a fidelidade do ministro à Constituição, sem contaminação partidária.

6. As premissas do editorial, portanto, são tão falaciosas quanto sua conclusão. A nomeação de Moro por Bolsonaro foi sim e continuará sendo uma prova contundente de sua parcialidade e suspeição contra Lula. Não é uma opinião do PT, como quer o jornal. É o que consta no acórdão do Habeas Corpus 164.493 do STF.

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