General Heleno, ministro do Gabinete da Segurança Institucional (GSI), pelo Twitter, atacou na manhã deste sábado (5) a decisão da ministra do STF Cármen Lúcia acerca de uma ação do PV, que questiona a atuação das Forças Armadas na Amazônia Legal.
“Perdão, cara ministra, se a senhora não conhece essa área, sabe qual seria sua pergunta: “O que seria da Amazônia sem as Forças Armadas?””, questionou de forma ríspida o General Augusto Helena.
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, prestem informações sobre o uso das Forças Armadas em ações na fronteira, terras indígenas e unidades federais de conservação ambiental nos nove estados da Amazônia Legal. É por causa disso que General Heleno surtou nas redes sociais logo na manhã de hoje.
“A ministra Carmen Lúcia, do STF, acolheu ação de um partido político e determinou que o presidente da República e ministro da Defesa expliquem o uso das Forças Armadas na Amazônia. Perdão, cara ministra, se a senhora conhecesse essa área, sabe qual seria sua pergunta: “O que seria da Amazônia sem as Forças Armadas?””, atacou o ministro do GSI.
Cármen Lúcia pediu informações numa ação do Partido Verde que visa anular o decreto presidencial e a portaria do Ministério da Defesa, que autorizaram, em maio, as Forças Armadas a atuarem “em defesa da lei e da ordem, em ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais e combate a focos de incêndio”.
Para o PV, a ação das Forças Armadas na região Amazônica representa “verdadeira militarização da política ambiental” e “usurpa competências dos órgãos de proteção ambiental”.
“Requisitem-se, com urgência e prioridade, informações ao Presidente da República e ao Ministro da Defesa, a serem prestadas no prazo máximo e improrrogável de cinco dias”, determinou Cármen Lúcia, que espera uma resposta do governo Bolsonaro em cinco dias.
Quanto ao ministro do GSI, General Heleno, recomenda-se “maracujina”. Prestar informações é obrigação constitucional do agente público, seja ele civil ou militar. Simples assim.
Veja o post de general Heleno no Twitter:
A Min Carmen Lúcia, do STF, acolheu ação de um partido político e determinou que Pres Rep e Min Defesa expliquem o uso das F Armadas, na Amazônia. Perdão, cara Ministra, se a Sra conhecesse essa área, sabe qual seria sua pergunta: “O que seria da Amazônia sem as Forças Armadas?”
— General Heleno (@gen_heleno) September 5, 2020
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Bolsonaro pede “patriotismo” para donos de supermercados; assista ao vídeo
Um vídeo publicado pelo deputado Cleitinho Azevedo, do Cidadania, de Minas Gerais, viralizou nas redes sociais porque denuncia os preços exorbitantes nos supermercados.
O parlamentar mineiro compara o preço de um pacote de arroz de 5 kg, em março, antes da pandemia, que custava oito reais. Agora, em setembro, chega a R$ 25.
Cleitinho afirma que, se deixar quieto, o pacote de arroz vai custar R$ 40. O deputado do Cidadania lembra que os supermercados não fecharam nenhum dia durante a pandemia e não tiveram aumento de impostos durante esse período. Ou seja, não se justifica esses aumentos nos itens da cesta básica.
O presidente Jair Bolsonaro reconheceu nesta sexta-feira (4) que os supermercadistas estão abusando dos preços na pandemia, mas disse que não irá interferir com a mão pesada do Estado. Ele disse que irá “conversar” com os donos dos supermercados.
Assista ao vídeo:
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.