O pedido de expulsão do vereador João Cláudio Derosso do PSDB, formulado pelo deputado Fernando Francischini, não convenceu os mais céticos que habitam o universo político.
Para esses muitos descrentes, a briga entre Derosso e a cúpula tucana não passa de pura encenação. Coisa de teatro, dizem. Eles puxam pela memória a briga forjada pelo então vice Beto Richa (PSDB) com o então prefeito Cássio Taniguchi (DEM). O pano de fundo era o preço da tarifa do ônibus. O distinto público achou que o entrevero era de verdade e fez de Richa o novo prefeito em 2004.
Passados alguns anos, eis que o “desafeto” Taniguchi é agraciado pelo governador tucano com o estratégico cargo de secretário de Planejamento. Fato esse que comprovou a encenação de outrora.
Agora, pelo jeito, a história se repete. O PSDB finge que vai expulsar Derosso, que finge ficar brabo e pede para sair do partido. O script é o mesmo seguido pelo senador Demóstenes Torres, que saiu antes de ser “decapitado” pelo DEM.
Para dar um ar de veracidade à briga de Derosso com o tucanato, segundo análises de petistas, o advogado Figueiredo Basto, que representa o ex-presidente da Câmara, teria pedido demissão do cargo de conselheiro da Sanepar e se desfiliado do PSDB.
“à‰ tudo teatro. Eu até me emociono. Confesso que choro bastante”, ironizou um desconfiado dirigente petista, que torce pela vitória de Gustavo Fruet (PDT).
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.