- Na quarta-feira, dia 19, será a vez do general Eduardo Pazuello depor na comissão de inquérito
O ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, vai depor na CPI da Covid terça-feira (18/5) às 9h. O Blog do Esmael vai transmitir a reunião ao vivo para o Brasil e o mundo.
O depoimento do ex-chanceler atende a pedidos de senadores que querem que ele explique a condução da diplomacia brasileira durante a pandemia.
A relação do Brasil com a China deve ser um dos pontos mais questionados pelos parlamentares da CPI da Pandemia.
Segundo o senador Marcos do Val (Podemos-ES), a política externa sob a gestão do ex-chanceler pode ter atrasado a compra de vacinas.
“É fato público e notório que o senhor Ernesto Henrique Fraga Araújo, durante o período em que foi ministro de Relações Exteriores, executou na política externa o negacionismo de Bolsonaro na pandemia, o que teria feito o Brasil perder um tempo precioso nas negociações por vacinas e insumos para o combate à covid-19”, aponta o senador.
Outro requerimento para ouvir Araújo, exonerado do ministério no fim de março, é assinado por Alessandro Vieira.
Ernesto Araújo é cria do astrólogo Olavo de Carvalho, que o indicou para o cargo de ministro. Olavo é guru ideológico da família e do presidente Jair Bolsonaro.
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Pazuello conseguiu habeas corpus
Já o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, irá depor na quarta-feira (19), às 9h, também com transmissão ao vivo do Blog do Esmael. A audiência de Pazuello é a mais esperada.
Dos quatro ministros que comandaram o Ministério da Saúde durante a pandemia, Pazuello foi o que ficou mais tempo no cargo.
O general do Exército e especialista em logística assumiu interinamente o ministério em 16 de maio de 2020, após a saída de Nelson Teich. Ele foi efetivado no cargo em 16 de setembro e exonerado no dia 23 de março de 2021.
Pazuello estava no comando da pasta quando a Pfizer fez uma oferta de 70 milhões de doses de imunizantes ao Brasil, segundo o presidente regional da empresa na América latina, Carlos Murillo. Em 11 de fevereiro deste ano, durante sessão no Plenário do Senado, Pazuello afirmou que eram somente 6 milhões ofertadas pela Pfizer.
O ex-ministro conseguiu um habeas corpus no STF, que lhe garante o direito de permanecer em silêncio. No entanto, Pazuello disse que responderá a todos os questionamentos dos senadores na comissão de inquérito. A conferir.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.