Deputados que conduziram a reforma da Previdência não foram reeleitos em 2022

Os parlamentares que foram carrascos dos trabalhadores na reforma da Previdência não conseguiram se reeleger nas eleições 2022.

Dentre os que lideraram o enterro da possibilidade de aposentadoria dos trabalhadores estão o ex-vice-presidente da Câmara Marcelo Ramos (PSD-AM), com 77.487 votos, que ficou na suplência.

O deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), com 79.663 votos, também não foi reeleito. O parlamentar tucano foi presidente da Comissão da Reforma da Previdência, aprovada em 2019.

A reforma da Previdência no governo cessante de Jair Bolsonaro (PL) acabou com o sonho de milhões de trabalhadores de um dia se aposentarem e ainda reduziu o valor das pensões pagas às viúvas.

As viúvas, viúvos e órfãos têm direito a somente 60% do valor do benefício.

Os principais pontos da reforma da Previdência, em 2019:

Economia

  • As regras da Previdência preveem que homens se aposentam a partir de 65 anos de idade e mulheres aos 62 anos.
  • Também ficou definido 15 anos de contribuição mínima para mulheres e 20 anos para os homens.
  • Quem quiser se aposentar com o salário integral, com o teto hoje de R$ 7.087,22, tem de contribuir por 40 anos.

Ou seja, Moreira e Ramos atuaram no Congresso contra os interesses dos trabalhadores e a favor dos bancos. Isso custou o mandato de ambos.

Moral da história: o povo não tolera carrascos.

Fetiche da prisão em segunda instância reprovado nas urnas

Outro também que dançou, isto é, não se reelegeu, foi o deputado Fábio Trad (PSD-MS), que relatou a chamada PEC da Segunda Instância. Ele obteve 43.881 votos, insuficientes para continuar na Câmara.

Com ajuda do orçamento secreto, Câmara pouco se renovou

Apesar dessas três baixas – Ramos, Moreira e Trad – o índice de renovação na Câmara dos Deputados na eleição de 2022 é de 39,38%,  segundo cálculo da Secretaria-Geral da Mesa (SGM). Trata-se de uma queda em relação à renovação recorde de 47,37%, registrada em 2018. O índice de renovação corresponde aos 202 deputados novos, que nunca exerceram mandato de deputado federal.

O orçamento secreto explica isso, a baixa renovação na Câmara.

De acordo com informações de parlamentares do Centrão e adjacências, o orçamento secreto tem valor de R$ 20 bilhões. Essas emendas dão poder para deputados e deputadas baraganharem e colocar contra a parede o presidente.

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