Compra da vacina Covaxin é comparada à aquisição de um “Fiat Elba” com ágio 1.000%

A história e os memes na internet não perdoam o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello (PROS-AL). Parceiros políticos nessa tempestade da pandemia, Collor e Bolsonaro dividem o mesmo “Fiat Elba” nessas vésperas de impeachment.

A compra da vacina indiana Covaxin com superfaturamento é relacionada à aquisição de um veículo “Fiat Elba” com ágio de 1.000%, em alusão ao impeachment de Collor há 29 anos.

Em 1992, a Câmara abriu processo de impeachment contra o então presidente Collor por causa de um Fiat Elba que ele teria recebido como propina. O veículo teria sido comprado com dinheiro proveniente de contas fantasma de PC Farias, ex-tesoureiro da campanha presidencial de 1989.

Na época, Collor renunciou após a abertura do processo de impeachment pela Câmara. No entanto, ele perdeu os direitos políticos por 8 anos.

bolsonaro elba covaxin
Bolsonaro dirigindo a “Elba Covaxin”, segundo as redes sociais

Leia também

Collor é um político de mau agouro. Em 2016, ele se aproximou de Dilma Rousseff e o resultado você já sabe. Em 2021, o político alagoano se abraçou a Bolsonaro e… o presidente vai se afundando.

A CPI da Covid no Senado inaugurou esta semana uma nova fase que consiste em seguir o dinheiro (follow the money). Nesse contexto, a compra da vacina Covaxin, do laboratório indiano Barath Biontech ganhou dimensões dramáticas com a denúncia de “corrupção pesada” no Ministério da Saúde envolvendo o presidente da República.

Economia

“Os telegramas que a CPI teve acesso e as declarações do servidor Miranda mostram que o Governo comprou vacinas Covaxin a preços superiores ao do mercado, tempo recorde e com intermédio de farmacêutica suspeita!!”, escreveu em suas redes sociais a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

A comissão de inquérito já tem elementos suficientes para indiciar Bolsonaro e pedir seu impeachment formalmente.

CPI da Covid ao vivo

A CPI da Covid ouve nesta quinta-feira (24/6) a diretora-executiva da Anistia Internacional e coordenadora do Movimento Alerta, Jurema Werneck. Também será ouvido o epidemiologista, pesquisador e professor da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), Pedro Hallal. Acompanhe ao vivo pelo Blog do Esmael.