Com a privatização da Copel, dispara a venda de velas e lamparinas no Paraná: os impactos da privatização na qualidade de vida e no setor energético

Com a privatização da Copel, dispara a venda de velas e lamparinas no Paraná: os impactos da privatização na qualidade de vida e no setor energético

A iminente privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel) tem gerado inquietação e preocupação entre os cidadãos paranaenses.

A medida tomada pelo governo estadual de vender a estatal de energia tem desencadeado um fenômeno inusitado: o aumento significativo na venda de velas e lamparinas em todo o estado do Paraná.

Esse movimento reflete não apenas uma incerteza em relação ao futuro do fornecimento de energia elétrica, mas também aponta para a percepção generalizada de que a privatização poderá acarretar em tarifaços, apagões e a perda de uma qualidade de vida outrora garantida pela energia barata e abundante fornecida pela Copel.

Economia

Desde o anúncio dos planos de privatização da Copel, diversos segmentos da sociedade têm se manifestado contrários à venda da estatal.

A Frente Parlamentar em Defesa da Copel, liderada pelo deputado Arilson Chiorato (PT), tem se destacado na organização de protestos e manifestações.

Turismo Foz

Chiorato afirmou: Eles querem voltar ao tempo da lamparina, do apagão e das trevas, enquanto nós não vamos desistir da Copel Pública.

Com a privatização da Copel, que certamente trará consigo energia mais cara e possíveis falhas técnicas, os paranaenses podem se ver obrigados a adotar medidas de contenção no uso de energia.

Isso incluiria recorrer a banhos gelados, reduzir o uso de eletrodomésticos como geladeiras e máquinas de lavar roupas, e até mesmo voltar a utilizar o fogão à lenha como fonte de calor e preparo de alimentos.

Fundada em 1954, a Copel sempre foi um símbolo de eficiência e qualidade no setor energético. Ao longo dos anos, a estatal se tornou a maior empresa do estado, proporcionando energia elétrica confiável e a preços acessíveis para mais de 4,5 milhões de unidades consumidoras em diversas localidades paranaenses.

A empresa também é reconhecida internacionalmente, sendo a primeira do setor elétrico brasileiro listada na Bolsa de Valores de Nova Iorque.

Antes da existência da Copel, à qual se pretende voltar, entre 1888 e 1954, o sistema energético de Curitiba – por exemplo – era privado.

Era comandado por empresários ingleses e americanos, que não deram conta, por isso foi criada a estatal.

A incerteza sobre o futuro da Copel sob controle privado tem levado os consumidores a buscarem alternativas para possíveis cenários de escassez de energia.

Lojas que comercializam velas e lamparinas têm testemunhado um aumento significativo nas vendas, um fenômeno que remete às épocas anteriores à energia elétrica, quando a iluminação era feita por meio desses elementos.

A venda desses produtos não apenas ilustra a preocupação das pessoas com a possibilidade de apagões, mas também ressalta a desconfiança em relação à capacidade das empresas privadas de manter a qualidade e acessibilidade do serviço.

A história nos mostra que a privatização de serviços essenciais muitas vezes resulta em aumento de tarifas e redução da qualidade.

No caso da energia elétrica, a Copel sempre ofereceu tarifas competitivas devido à sua natureza estatal e à busca pelo bem-estar da população paranaense.

Com a privatização, há temores de que as tarifas subam drasticamente, prejudicando tanto os consumidores residenciais quanto os setores produtivos do estado.

Além disso, a perda da energia barata e abundante fornecida pela Copel poderá impactar a qualidade de vida das pessoas e a competitividade dos negócios.

Empresas que dependem fortemente de energia elétrica, como indústrias e agronegócios, podem enfrentar dificuldades financeiras devido ao aumento dos custos operacionais.

O cenário de apagões também gera apreensão, uma vez que interrupções frequentes no fornecimento de energia afetariam o funcionamento básico das residências e empresas.

A discussão sobre a privatização da Copel tem se estendido para os círculos políticos e governamentais.

O Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) será palco nesta quarta-feira (9/8), às 14 horas, de um protesto contra a privatização.

A Assembleia Legislativa do Paraná também será exigida para se manifestar sobre esse tema.

LEIA TAMBÉM

One Reply to “Com a privatização da Copel, dispara a venda de velas e lamparinas no Paraná: os impactos da privatização na qualidade de vida e no setor energético”

Comments are closed.