Coluna do Jorge Bernardi: Richa e Alckmin querem fechar escolas. Suspensão no Paraná. Até quando?

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Em sua coluna deste sábado, Jorge Bernardi (REDE) fala do “modo tucano” de governar nos estado do Paraná e de São Paulo, que é fechando escolas. Bernardi mostra que os governadores também têm em comum a violência contra os professores e o descaso pela educação. Se há evasão no ensino, os governos deveriam combater as causas e não agir para que ela aumente. Leia, ouça, comente e compartilhe.

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Jorge Bernardi*

O que há em comum, além de pertencerem ao mesmo partido, PSDB, entre os governadores Beto Richa, do Paraná, e Geraldo Alckmin, de São Paulo?

Ambos maltrataram os professores estaduais nos últimos anos, enfrentaram greves, e agora querem fechar escolas em seus respectivos estados.

Richa, pretende desativar 150 escolas, e Alckmin outras 155. Depois de bater em professores, apropriar-se do fundo de aposentadoria dos servidores estaduais, o governo Beto Richa presenteia os paranaenses com mais esta maldade.

Em São Paulo, o governo daquele estado classifica como otimização e reorganização administrativa das escolas. A medida, mantida em segredo a sete chaves, proposta por Alckmin vai prejudicar cerca de 1 milhão de estudantes paulistas.

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No Paraná, a questão já chegou a Assembleia Legislativa gerando protesto de deputados, professores, estudantes e familiares. Em Curitiba colégios tradicionais podem ser fechados pelo governo Beto Richa como: Barão do Rio Branco, Dom Pedro II, Xavier da Silva, Tiradentes, Pio Lanteri, Dom Orione, entre outros.

Outra escola, N. S. de Fátima, no Tarumã, com 54 anos, chegou a ter 1.100 alunos e, desde que Richa assumiu, não pode abrir novas turmas. Com mais de 600 alunos, prédio alugado do Santuário N. S. de Fátima, deverá ser fechada. O argumento para fechá-la é risível o alto custo do aluguel: R$ 10 mil reais por mês, menos do que ganha um funcionário comissionado do governo estadual.

O censo educacional do MEC indica que, nos últimos anos, o número de alunos do ensino médio tem diminuído quase 1 % ao ano (0,7% de 2012 a 2013, passando de 8,312 para 8,250 milhões de estudantes). Enquanto há queda no número de matriculas no ensino médio, a educação superior cresceu mais de 3%, no período, saindo de 7 milhões de matriculas para 7,3 milhões, se aproximando do número de alunos do ensino médio.

Constitucionalmente os estados são responsáveis pelo ensino médio (antigo 2º. Grau) embora possuam ainda escolas de ensino fundamental. Diante da repercussão negativa, Beto Richa, na sexta-feira, mandou suspender os estudos para fechamento de escolas em 2016. E depois?

Em vez de fechar escolas, uma medida razoável dos governos estaduais do Paraná e São Paulo, seria descobrir as causas da evasão no ensino médio e realizar companhas para atrair novamente os alunos para as salas de aula. A impressão que se tem é de vingança dos governadores e de desprezo deles com a educação!

*Jorge Bernardi, vereador de Curitiba, é advogado e jornalista. Mestre e doutorando em gestão urbana, ele escreve aos sábados no Blog do Esmael.

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