do Brasil 247Em resposta à s duras críticas do ex-presidente FHC sobre a política externa da gestão petista, o chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, defendeu a posição brasileira sobre a crise na Venezuela: Muitas coisas se obtêm em diplomacia sem que elas cheguem a público, até porque, se chegarem, não terão resultado!.
Em artigo, o ex-presidente tucano criticou a “diplomacia inerte do Brasil desde o governo Lula e o erro estratégico na avaliação das forças que predominariam no mundo”. Além disso, acusou o país de se encolher enquanto apoia o governo venezuelano, sem qualquer ressalva à s mortes, aprisionamento de oposicionistas e cortinas de fumaça que querem fazer crer que o perigo vem de fora e não das péssimas condições em que vive o povo venezuelano! (leia mais).
O chanceler rebate dizendo que o Brasil é sim a favor do diálogo entre o presidente Nicolás Maduro, a oposição e os manifestantes na Venezuela. No entanto, afirma que não estamos muito diante do país e que Maduro não precisa de recados sobre como lidar com a crise política.
Ele afirma que a nota do Mercosul sobre a questão foi mal compreendida e ressalta trecho que diz que os países “repudiam todo tipo de violência e intolerância […], qualquer que seja a origem”. Ninguém diz que há uma culpa específica. Aliás, nós lemos que agentes do Estado estão sendo presos na Venezuela, acusados de mortes de manifestantes!, diz.
Sobre o impasse na Ucrânia, ele diz que não pode especular, mas sugere compreensão ao envolvimento da Rússia – lembrou que o país de Vladimir Putin foi decisivo no desarmamento químico da Síria e na intervenção contra uma intervenção armada: A Ucrânia era parte da União Soviética, a Rússia tem a base naval de Sebastopol, na Crimeia, e a Ucrânia tem uma importante população de origem étnica russa, que ainda hoje fala russo!.
Leia aqui a entrevista de chanceler à Folha de S. Paulo.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.