Brasil enfrenta Camarões desfalcado de Neymar, Danilo e Alex Sandro

Alex Sandro se juntou a Neymar e Danilo no departamento médico da equipe do Brasil. O médico da seleção brasileira, Rodrigo Lasmar, informou nesta terça-feira (29/11) que o lateral-esquerdo sofreu uma lesão no músculo do quadril esquerdo durante a vitória de 1 a 0 da equipe canarinho sobre a Suíça na Copa do Catar.

“Sobre o jogo de ontem [segunda-feira], Alex Sandro sentiu dores no quadril esquerdo, ele não teve condições de continuar na partida. Hoje [terça-feira] pela manhã foi reavaliado, nós pedimos exame de imagem, uma ressonância magnética. Ela evidenciou lesão no músculo do quadril esquerdo. O atleta não terá condições na próxima partida contra Camarões. Ele segue em tratamento para a que possamos recuperá-lo o quanto antes”, declarou o médico em vídeo divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Na mensagem, Lasmar também atualizou as situações do atacante Neymar e do lateral Danilo, que não defenderam o Brasil na partida contra a Suíça:

“Danilo e Neymar continuam no processo de recuperação de suas lesões no tornozelo. Cada um com uma abordagem diferente, pois são lesões diferentes. Isso é importante salientar. O Neymar apresentou um episódio de febre, que já está controlado. Isso não interfere no processo de recuperação de seu tornozelo. E hoje, na nossa reunião diária com a comissão técnica, nós passamos que esses três atletas não estarão disponíveis para o nosso próximo jogo contra Camarões”.

Brasil e Camarões medem forças, pela terceira rodada do Grupo G do Mundial, a partir das 16h (horário de Brasília) da próxima sexta-feira (02/12).

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Ex-jogadores Sampaio, Juninho, Ricardo e Taffarel falam sobre Mundial

Coletiva de imprensa com Ricardo Gomes, Juninho, Cesar Sampaio e Taffarel em Doha. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Após vitória da Seleção Brasileira por 1 a 0 sobre a Suíça, comissão técnica fala em entrevista coletiva e elogia equipe na busca pelo hexacampeonato

A experiência da comissão técnica é um dos pilares da Seleção Brasileira na busca pelo título da Copa do Mundo FIFA Qatar 2022. Além do técnico Tite, que está no comando da equipe pelo segundo Mundial consecutivo, o grupo ainda conta com ex-jogadores e campeões do mundo na delegação, como César Sampaio, Juninho Paulista, Ricardo Gomes e Taffarel.

Um dia após a vitória sobre a Suíça por 1 a 0, no Estádio 974, a entrevista coletiva foi com os ex-atletas integrantes da comissão técnica brasileira. Campeão em 2002, com a equipe comandada por Luiz Felipe Scolari, Juninho Paulista reforçou a importância da experiência para que todos tenham uma dimensão mais clara do tamanho de uma Copa do Mundo.

“A gente conversou antes de começar a Copa. E os jogadores disseram que não há nada parecido com uma Copa do Mundo. Não tem Champions League, Libertadores. E é verdade. Não tem. Por mais experiência que você tenha, Copa do Mundo é diferente”, analisou o coordenador da Seleção Brasileira.

Vice-campeão e autor de três gols na Copa do Mundo FIFA França 1998, o ex-volante César Sampaio integra a comissão técnica de Tite como um dos auxiliares. Na entrevista coletiva desta terça-feira, ele enalteceu a qualidade da equipe brasileira e o profissionalismo dos atletas.

“Eu me sinto representado pela Seleção. Do meio para trás, temos jogadores mais experientes. Do meio para frente, jogadores mais jovens. Eles têm amor pela pátria. É muito profissionalismo. E hoje, diferente da minha época, eles têm mais informação. Estamos caminhando. Viemos buscar a classificação e conseguimos. Mas podemos ir mais além e vamos em busca desse algo a mais”, explicou César Sampaio.

Capitão na Copa de 1990 e presente no ciclo do tetracampeonato mundial de 1994, Ricardo Gomes é um dos observadores técnicos da Seleção Brasileira. Conhecedor da posição de zagueiro, na qual atuou pela amarelinha, ele elogiou Eder Militão, titular na vitória sobre a Suíça por 1 a 0.

“O Militão, eu conheci quando ele estava na base do São Paulo. Ele já fazia isso (atuar como lateral direito e zagueiro). Sempre defendeu bem e apoiou bem o ataque. É do atleta essa possibilidade para o treinador. Pode ser usado na parte defensiva e também na ofensiva. É destruir e construir”.

Membro mais experiente da comissão técnica, Taffarel vive a sua sexta Copa do Mundo. Foram três como goleiro e outras três fora de campo. Após dois jogos sem finalização no gol defendido por Alisson, o preparador de goleiros da Seleção Brasileira relembrou seu período como atleta e enalteceu o sistema defensivo brasileiro.

“Eu vejo ele (Alisson) muito ligado, atento ao jogo. Isso é uma forma também de participar. Acompanhar 100% o jogo é um jeito de participar. Temos uma equipe que defende muito bem. Não defendemos só com zagueiro e lateral, mas também com os caras na frente. Quando você não concede nada ao adversário, você mostra a sua força. O Brasil não é só espetáculo. A gente consegue marcar muito forte também. Eu lembro de 1994 que eu trabalhei muito pouco naquela Copa. A gente tinha essa característica”, concluiu.