O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) resgatou velha e surrada paranoia, a fraude nas urnas eletrônicas, com o objetivo de driblar denúncias de corrupção contra ele e sua família.
O capitão reformado do Exército se viu enrolado em denúncia de suposto “cachorro” operado pelo motorista de seu filho, Flávio Bolsonaro, deputado estadual e senador eleito pelo Rio, que teria movimentado atipicamente R$ 1,2 milhão.
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De acordo com o Coaf, órgão que a partir do mês que vem estará subordinado a Sérgio Moro, futuro ministro da Justiça, o motorista de Bolsonaro não tem rendimentos que justifiquem a movimentação financeira.
“Nós pretendemos votar no primeiro semestre uma boa proposta de sistema de votação no Brasil. Porque eu e muitos entendem que nós conseguimos a vitória porque tínhamos muitos, mas muitos mais votos do que eles [PT], e tivemos uma situação parecida, de um certo equilíbrio”, desviou o presidente eleito, buscando mudar a pauta.
Bolsonaro voltou a sugerir fraude nas urnas eletrônicas, com participação do PT, no segundo turno presidencial.
Entretanto, o presidente eleito ainda deve uma explicação convincente sobre a suposta “gafanhotagem” com o salário de servidores de gabinetes dos Bolsonaro.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.